Prestes a realizar sua edição de 2022, a Missa do Vaqueiro se tornou um campo de disputas. Isso porque, para este ano, a Prefeitura de Serrita quer 'tomar o evento' para si, gerando atritos com a Fundação Padre João Câncio. Neste ano, realiza-se a 52° da Missa do Vaqueiro de Serrita, marcando o retorno da tradicional cerimônia após um hiato de dois anos, causado pela pandemia de covid-19 no Brasil. Trata-se de um dos eventos mais tradicionais do Sertão.
Mas a disputa pela 'paternidade' do evento vem causando dor de cabeça e incertezas. O prefeito de Serrita, Aleudo Benedito (MDB-PE), tenta colocar sob a alçada da gestão municipal a programação do evento, tradicionalmente mantido e realizado pela Fundação Padre João Câncio.
A Prefeitura de Serrita, em tempo, teria garantido que na sexta-feira (10) lança a programação da Missa do Vaqueiro. A presidente da fundação, Helena Câncio, diz ter sido pega de surpresa com a postura do prefeito e vai entrar na justiça contra a intervenção municipal.
"É uma grande absurdo tudo isso que estamos vivendo. Trata-se de uma intervenção sem precedentes e totalmente ilegal por parte da prefeitura, com a convivência do governo estadual. O evento é uma realização da Fundação Padre João Câncio", diz Helena Câncio.
A presidente da fundação ainda aponta que, quando a instituição divulgou parte da programação oficial de 2022, foi divulgado na página oficial da própria Prefeitura que tratava-se de 'fakenews'.
"Um flagrante desrespeito àqueles que historicamente procuraram manter a lealdade aos princípios da boa informação sobre o evento", classificou Helena Câncio.
A coluna tentou contato com a Prefeitura de Serrita, mas os telefonemas não foram respondidos. O espaço segue aberto, caso a gestão municipal decida se pronunciar.
Jornal Comercio-Jamildo Melo
1 comentário
09 de Jun / 2022 às 21h25
As prefeituras invadiram as festas populares e estão avançando em cima do povo. Deixem o povo em paz curtir suas festas populares; Carnaval, São João, Vaquejada. Chega de fazer das festas negócio em cima da alegria do povo. Eles encontram uma brecha, oportunidade para torrar dinheiro especialmente com artistas que não precisa de licitação de pública.