Conforme o mundo se transforma, novos hábitos e formas de lazer surgem, moldando e refazendo as relações do cotidiano. Basta ver, por exemplo, o mercado editorial.
Do papiro egípcio ao token não fungível (NFT), seguiram-se gerações de leitores e escritores que assistiram às inúmeras mudanças nas maneiras de ler, criar e interpretar as mensagens expressas pelas linhas que contêm as letras, as sílabas, as palavras, as frases e os parágrafos.
O modo de consumir literatura pode mudar, mas a leitura permanece uma tradição viva. E sempre será. Essa capacidade da arte de se adaptar às realidades é a tônica que vai permear as discussões da III Festa Literária do Livro Digital, promovida pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca).
Com curadoria da produtora cultural Patrícia Guedes, a programação será composta por uma série de três painéis com escritores, empreendedores e estudiosos, que irão abordar a literatura no contexto da cultura digital. Os encontros serão exibidos no site literaturadigitalfundaj.com.br/ no dia 23 de abril, das 16h50 às 20h. Todo conteúdo será propagado no canal da Fundaj no YouTube e nas redes sociais da instituição. Logo no início, será realizada uma homenagem à escritora e acadêmica paulistana Lygia Fagundes Telles, da Academia Brasileira de Letras, que faleceu no dia 8 deste mês, aos 98 anos. A homenagem à escritora, que era conhecida como “a dama da literatura brasileira”, será em vídeo com leitura de um trecho de artigo do jornalista Marcus Prado.
Em seguida, o presidente da Fundaj, Antônio Campos, fará a abertura do evento. “A internet se mostra a cada dia um espaço somador de talentos. Nele, artistas, professores, escritores, pesquisadores e quem vive da comercialização da cultura encontraram um meio para chegar a mais gente e com mais agilidade. Por isso, é tão importante debater esse contexto”, observa o presidente. A iniciativa conta com a participação de nomes como a escritora portuguesa Maria João Cantinho, a cantora Erica Natuza, que estuda o mercado de NTF na música, e o presidente da plataforma de autopublicação Clube de Autores, Ricardo Almeida.
Os painéis terão, cada um, uma hora de duração, com mediação do professor Adriano Portela, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). No primeiro, que terá como tema “Literatura e a Era Digital”, participam das discussões Mell Ferraz, do canal Literature-se; Ricardo Almeida, do Clube de Autores; a escritora e dramaturga Margarett Leite; e a escritora Maria João Cantinho.
“O hábito de ler de forma multiplataforma é uma realidade no mundo inteiro e o Brasil faz parte desse mundo. O crescimento do hábito de leitura é a mesma coisa aqui no país do que em qualquer outro lugar”, comenta Ricardo Almeida, um dos participantes do painel, sobre os caminhos que a discussão deve seguir entre o local e o global.
Ele ressalta que a realidade da autopublicação ditando o futuro da literatura é realidade no Brasil. “É claro que temos algumas questões específicas que fazem parte do nosso caldo cultural, mas é um debate muito universal. Minhas expectativas gerais para essa conversa são essas, de se pensar esse futuro da literatura por aqui e ao redor do planeta.” Em seguida, às 18h, começa a mesa “Arte Digital (NFT)”, com Siddhartha Moraes, sócio-fundador da Roadmaps; o professor Fábio Paiva (Uninassau); a cantora Erica Natuza; e o ilustrador, quadrinista e autor de literatura infantil Laerte Silvino.
Em seguida, o presidente da Fundaj, Antônio Campos, fará a abertura do evento. “A internet se mostra a cada dia um espaço somador de talentos. Nele, artistas, professores, escritores, pesquisadores e quem vive da comercialização da cultura encontraram um meio para chegar a mais gente e com mais agilidade. Por isso, é tão importante debater esse contexto”, observa o presidente. A iniciativa conta com a participação de nomes como a escritora portuguesa Maria João Cantinho, a cantora Erica Natuza, que estuda o mercado de NTF na música, e o presidente da plataforma de autopublicação Clube de Autores, Ricardo Almeida.
Os painéis terão, cada um, uma hora de duração, com mediação do professor Adriano Portela, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). No primeiro, que terá como tema “Literatura e a Era Digital”, participam das discussões Mell Ferraz, do canal Literature-se; Ricardo Almeida, do Clube de Autores; a escritora e dramaturga Margarett Leite; e a escritora Maria João Cantinho. “O hábito de ler de forma multiplataforma é uma realidade no mundo inteiro e o Brasil faz parte desse mundo. O crescimento do hábito de leitura é a mesma coisa aqui no país do que em qualquer outro lugar”, comenta Ricardo Almeida, um dos participantes do painel, sobre os caminhos que a discussão deve seguir entre o local e o global.
Ele ressalta que a realidade da autopublicação ditando o futuro da literatura é realidade no Brasil. “É claro que temos algumas questões específicas que fazem parte do nosso caldo cultural, mas é um debate muito universal. Minhas expectativas gerais para essa conversa são essas, de se pensar esse futuro da literatura por aqui e ao redor do planeta.” Em seguida, às 18h, começa a mesa “Arte Digital (NFT)”, com Siddhartha Moraes, sócio-fundador da Roadmaps; o professor Fábio Paiva (Uninassau); a cantora Erica Natuza; e o ilustrador, quadrinista e autor de literatura infantil Laerte Silvino.
"A importância do debate é demonstrada pela velocidade que essas tecnologias passam a fazer parte de nossas vidas”, comenta Fábio Paiva. Ele ressalta que durante os períodos de maior restrição na atual pandemia, todos passaram a ter contatos com inúmeras formas tecnológicas que "adiamos" em outros momentos. Mas que nos alcançaram. “As NFTs são uma realidade, mas não são cotidianas (ainda). Podem ser ou não. Um exemplo de caso é das criptomoedas, que não são populares ou cotidianas, mas estão presentes na realidade brasileira, atualmente mais acessíveis. A presença de artistas e especialistas em tecnologias me deixa empolgado para o debate! Espero que possamos explorar bem as experiências dos debatedores e ampliar o tema", comenta Fábio Paiva.
Por fim, a partir das 19h, a publicitária Larissa Araújo, a doutora em psicologia Flávia Peres, a diretora de Negócios e Relacionamento da Berlim Digital, Isabela Andrade, e a produtora cultural e escritora Adriana Mayrink se reúnem no painel “Ferramentas Digitais”. “A discussão sobre tecnologias digitais necessariamente precisa relacionar, criticamente, aspectos globais e locais, como outras discussões contemporâneas também precisam, mas esta da digitalização cultural tem uma urgência, agravada nos últimos anos e, em especial, emergente com as transformações provocadas pela pandemia da Covid-19”, observa Flávia Peres.
Um dos pontos que merece atenção, destaca Peres, está relacionado a como os sujeitos em diversos territórios (como territórios camponeses, indígenas, quilombolas e outros povos e suas particularidades locais), que não vivenciam um modo de vida hegemônico, podem desenvolver processos autorais com artefatos digitais. “Importante que isso ocorra e que não se tornem apenas reféns desses produtos, meros consumidores de algo que não teria, a princípio, vínculo com sua história e ancestralidade", explica a professora e pesquisadora.
Serviço - III Festa Literária do Livro Digital
Data: 23 de abril
Horário: 16h50 às 20h
Inscrições: gratuitas, pelo site do evento
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