O estudante do curso de Medicina da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) Manoel Pereira Guimarães recebeu o 14º Prêmio Diva Montenegro, outorga da Associação Médica de Pernambuco (AMPE).
O prêmio é destinado aos acadêmicos de Medicina das Instituições de Ensino Superior do estado que se destacaram na pesquisa científica, como forma de incentivo para que continuem produzindo.
O discente foi notabilizado pelo trabalho intitulado “O impacto do processo de urbanização sobre a saúde cardiovascular: Uma análise com as populações indígenas do interior do Nordeste brasileiro”, produzido no âmbito do Projeto de Atenção Integral Indígena (PAI), liderado pelo vice-coordenador do Colegiado de Medicina Anderson Armstrong, orientador do trabalho.
Desde 2007, ano de criação do Prêmio Diva Montenegro, a AMPE solicita para as instituições de ensino que possuem o curso de Medicina que indiquem o estudante com melhor aproveitamento na pesquisa científica. O Colegiado de Medicina da Univasf apontou este ano, pela primeira vez, um discente para representar a Instituição na premiação e Guimarães, que está no 5º período da graduação, foi o discente escolhido.
Segundo o professor Anderson Armstrong, o estudante foi indicado por ser autor principal do trabalho, que foi o mais premiado do curso este ano. “Essa conquista é o reconhecimento do trabalho que Guimarães tem feito, refletindo a política institucional da Univasf em formar médicos com visão científica”, afirma Armstrong. Ele ressalta que o prêmio também é um grande feio para a Univasf, demostrando o destaque da Universidade tanto localmente, quanto no estado e no contexto nacional.
Para o estudante, ser o primeiro discente da Univasf a receber a premiação pelo mérito científico é gratificante. “Sei que grande parte do prêmio é decorrente de responsabilidade, disciplina e persistência. Porém, além disso, foi fundamental o apoio de todos os colegas e orientadores do PAI e do Grupo de Pesquisa em Cardiologia da Univasf”, ressalta Guimarães, que destaca que todo o reconhecimento que o PAI vem recebendo nos últimos meses mostra o quanto a Universidade tem potencial para atingir outros patamares na pesquisa científica.
O trabalho produzido, no qual Guimarães é autor principal, identificou que o estágio de urbanização aparenta ser um forte fator de risco para o desenvolvimento de agravos relacionados ao sistema cardiovascular. Este mesmo trabalho concedeu ao discente o 1º lugar no 76º Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), na categoria Melhores Temas Livres Pôsteres – Iniciação Científica. O PAI, idealizado em 2013, é o maior estudo envolvendo povos tradicionais indígenas do Nordeste brasileiro. Anteriormente chamado de Projeto de Aterosclerose Indígena, o PAI passou a investigar também doenças renais, sanguíneas, mentais, entre outras, o que levou à alteração no nome.
A Associação Médica de Pernambuco (AMPE) realizou o evento, que também marcou a comemoração de 181 anos da entidade, de forma presencial na sede, localizada no Recife (PE). O evento foi transmitido pelo canal da AMPE no YouTube, onde está disponível para ser assistido.
Ascom Univasf
1 comentário
10 de Apr / 2022 às 11h29
Esse é verdadeiro papel da Universidade , forma cientista com responsabilidade social.