O Ministério Público Federal em Brasília entrou com ação de improbidade contra o presidente Jair Bolsonaro e sua ex-secretária parlamentar na Câmara dos Deputados Walderice Santos da Conceição, conhecida como “Wal do Açaí”.
Segundo a ação, Wal do Açaí esteve lotada no gabinete de Bolsonaro durante mais de 15 anos, mas nunca viajou para Brasília e nem exerceu qualquer função relacionada ao cargo.
O MP afirma que, nesse período, Walderice e o companheiro, Edenilson Nogueira Garcia, prestavam serviços de natureza particular para Bolsonaro – em especial nos cuidados com a casa e com os cachorros de Bolsonaro na Vila Histórica de Mambucaba (RJ).
A ação pede que Wal do Açaí e o presidente sejam condenados pela prática de improbidade administrativa e o ressarcimento dos recursos públicos indevidamente desviados.
O nome de Wal do Açaí ganhou notoriedade em 2018, quando ela figurava como secretária parlamentar de Bolsonaro. À época, Bolsonaro negou que ela fosse funcionária fantasma.
Em janeiro daquele ano, uma reportagem do jornal "Folha de S. Paulo" mostrou que ela continuava vendendo açaí numa praia de Angra durante o horário de expediente na Câmara. A demissão foi confirmada em agosto de 2018, quando Bolsonaro já era candidato à Presidência.
A ação foi enviada à 6ª Vara Federal do Distrito Federal. Segundo o MPF, os atos de improbidade praticados antes da posse como presidente da República não estão abrangidos pela imunidade.
O g1 pediu posicionamento do Palácio do Planalto e aguarda retorno.
Movimentação atípica em contas
Segundo o MP, a análise das contas bancárias de Walderice revelou uma movimentação atípica: 83,77% da remuneração recebida nesse período foi sacada em espécie, sendo que, em alguns anos, esses percentuais de saques superaram 95% dos rendimentos recebidos.
O MPF aponta que o presidente Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento de que Walderice não prestava os serviços correspondentes ao cargo e, mesmo assim, atestou falsamente a frequência dela ao trabalho em seu gabinete para comprovar a jornada laboral exigida pela Câmara dos Deputados, de 40 horas semanais, e, assim, possibilitar o pagamento dos salários.
Para o Ministério Público, “as condutas dos requeridos e, em especial, a do ex-deputado federal e atual presidente da República Jair Bolsonaro, desvirtuaram-se demasiadamente do que se espera de um agente público”.
“No exercício de mandato parlamentar, não só traiu a confiança de seus eleitores, como violou o decoro parlamentar, ao desviar verbas públicas destinadas a remunerar o pessoal de apoio ao seu gabinete e à atividade parlamentar”, diz a ação.
G1 / foto: reprodução
7 comentários
22 de Mar / 2022 às 18h06
BLOG .... DE ESQUERDA, NÃO ADIANTA É BOLSONARO 2022, ESSE BLOG VAI SUMIR ......
22 de Mar / 2022 às 20h00
kkkkk quem vai sumir é Bolsonaro kkkkk
22 de Mar / 2022 às 21h58
Deltan é condenado pelo STJ a indenizar Lula por caso do PowerPoint. "Chupa q a cana é doce meu filho"
23 de Mar / 2022 às 06h43
Isso é a rachadinha que ele ensina aos filhos, fira BOZO e 13 na cabeça
23 de Mar / 2022 às 09h34
Gilmala seu ..., corrupto será preso em 2023 junto com sua quadrilha familiar...kkkk. #LulaPresidente
23 de Mar / 2022 às 12h03
Theo
23 de Mar / 2022 às 12h04
Bolsonaro até 2026