O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso escreveu, em um artigo para a edição de estreia da revista do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), que o “motivo real” para o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) foi falta de apoio político, não as pedaladas fiscais.
As informações são da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha. “A justificativa formal foram as denominadas ‘pedaladas fiscais’ —violação de normas orçamentárias—, embora o motivo real tenha sido a perda de sustentação política”, disse o ministro.
No texto ainda inédito, Barroso diz que crê não “haver dúvida razoável de que ela [Dilma] não foi afastada por crimes de responsabilidade ou corrupção, mas, sim, foi afastada por perda de sustentação política. Até porque afastá-la por corrupção depois do que se seguiu seria uma ironia da história”.
Barroso faz referência à sequência do mandato assumida pelo então vice-presidente, Michel Temer (MDB). “O vice-presidente Michel Temer assumiu o cargo até a conclusão do mandato, tendo procurado implementar uma agenda liberal, cujo êxito foi abalado por sucessivas acusações de corrupção. Em duas oportunidades, a Câmara dos Deputados impediu a instauração de ações penais contra o presidente”, disse.
Folha S.Paulo/Monica Bergamo
4 comentários
03 de Feb / 2022 às 13h05
O ministro admitiu aquilo que que ja sabíamos, foi GOLPE! Viva DILMA!!!
03 de Feb / 2022 às 13h22
Acusações de "pedaladas", camisas verde-amarelas nas ruas, Rede Globo e imprensa tocando terror para o congresso realizar o impeachment sem que a presidente tenha cometido crime nenhum: "golpe" é a palavra mais apropriada do que "falta de apoio político".
03 de Feb / 2022 às 15h58
É que o bozo tá fazendo comprando apoio político pra ser cassado
03 de Feb / 2022 às 18h06
Golpe de FATO.