O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que as medidas de isolamento social adotadas em 2021, por conta da pandemia da Covid-19, foram as responsáveis para que a inflação fechasse o ano passado em 10,06%, o maior índice desde 2015.
"Você lembra do 'fique em casa, a economia a gente vê depois'? Estamos vendo a economia. O cara ficou em casa, apoiou (o isolamento) e agora quer me culpar da inflação", afirmou o presidente, ao conversar com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
Apesar do argumento do presidente, analistas econômicos indicam a alta do preço de combustíveis e, em geral, a pressão do setor de transportes como principal responsável pelos índices inflacionários. O Banco Central ainda apontou a crise hídrica e a falta de insumos como problema para a alta de preços.
De acordo com Bolsonaro, a inflação alta não é um problema exclusivo do Brasil. "Agora, temos problemas. Inflação: está o mundo todo com esse problema", alegou. Para o presindente, no entanto, o país está suportando bem os impactos econômicos causados pela crise sanitária. "O país é um dos países que menos está sofrendo na economia. Apesar de ser duro para o povo, sei disso, perdendo poder aquisitivo".
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta terça, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do ano passado ficou em 10,06%, superando a meta de inflação, que era de 3,75%, e o teto de tolerância, de 5,25%.
O resultado obrigou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a divulgar uma carta explicando os motivos da inflação acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2021.
O Globo Foto Ilustrativa
2 comentários
12 de Jan / 2022 às 02h40
Cala a boca, ogro. Quem ainda aguenta te ouvir?
12 de Jan / 2022 às 06h44
Impressionante, é não presidente a culpa é sua mesmo e sua equipe econômica.