As máscaras N95 – que no Brasil são padronizadas com a sigla PFF2 –, consideradas o padrão-ouro para proteção, são uma das alternativas mais seguras para prevenir a infecção por vírus respiratórios, como o novo coronavírus, causador da Covid-19, e o influenza, responsável pela gripe comum.
Além de reter gotículas que podem ser emitidas durante a fala, tosse ou espirro, essas máscaras protegem contra aerossóis que podem conter vírus, bactérias e fungos.
Segundo a médica infectologista Raquel Muarrek, as siglas PFF2 e N95 estão associadas à alta capacidade de filtração dessas peças faciais.
“São máscaras classificadas com grau de filtração de partículas, Elas são projetadas considerando uma análise dos vários níveis de risco para as pessoas, de acordo com os ambientes de trabalho interno ou externo. Ela protege mais por ter essa alta filtração”, explica Raquel.
O uso de máscara em locais públicos é recomendado como estratégia para a prevenção contra a Covid-19 desde o primeiro ano da pandemia. A emergência da linhagem Ômicron do novo coronavírus, identificada e classificada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em novembro de 2021, destacou a importância do reforço nas medidas de prevenção contra a doença.
De acordo com a OMS, a cepa apresenta uma alta transmissibilidade em relação à linhagem original do vírus e comparada às demais variantes do coronavírus. Embora esteja sendo associada a quadros clínicos mais leves, infectologistas reforçam que as medidas de proteção devem ser mantidas.
Um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto Max Planck, da Alemanha, revelou que máscaras do tipo PFF2 oferecem quase 100% de proteção contra o coronavírus.
Maior capacidade de proteção
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os respiradores com classificação PFF2 seguem as normas brasileiras definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a norma europeia e apresentam eficiência mínima de filtração de 94%. Já as máscaras N95 seguem a norma dos Estados Unidos e apresentam eficiência mínima de filtração de 95%.
O reforço da PFF2 está nas seguintes camadas de proteção: externa, de fibra sintética de polipropileno; do meio, de fibras sintética estrutural; camada filtrante de fibra sintética com tratamento eletrostático, e camada interna de fibra sintética de contato facial.
Embora tanto a máscara cirúrgica quanto as máscaras N95 com filtro PFF2 contenham um elemento filtrante, a máscara cirúrgica não protege adequadamente de microrganismos transmitidos por aerossóis uma vez que não mantém uma vedação adequada.
CNN / foto: reprodução-Karl Tapales/Getty Images
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