Quem nunca teve vontade de voltar no tempo, ou de ter o poder de bisbilhotar o futuro? Visitar o passado é uma verdadeira utopia dos que vivem em uma espécie de nostalgia plena, com a saudade fazendo parte do cotidiano de suas vidas. Saber o que o espera ou o que irá acontecer lá na frente é talvez uma das maiores curiosidades do ser humano, que chega a recorrer a métodos quase bizarros na tentativa de decifrar o quase sempre indecifrável.
Passear um pouco no que foi vivido, do ponto de vista da lembrança, é absolutamente possível, principalmente quando o que já passou marcou e inevitavelmente ficou guardado na memória. Como diz a música, 'o que passou, passou'. O que aconteceu de bom serve como exemplo para se viver o presente e para tornar o que ainda está por vir um pouco mais previsível.
Tudo pode acontecer, inclusive nada, mas dependendo do planejamento, o que envolve principalmente o comportamento, é possível sim prevê o amanhã, mesmo que não seja em sua totalidade. Viver o agora é uma espécie de premiação para quem chegou até aqui. Enquanto o mais adiante não chega é necessário e saudável contemplar o dia de hoje como se fosse o último.
Todo mundo tem um vidente em si, mas o resultado do 'eu sabia' só acontece depois, como uma possibilidade considerada. As previsões não passam de hipóteses. Como já relatado anteriormente, o futuro é o resultado de uma soma de fatores que podem ou não interferir no que irá acontecer.
É importante entender o passado para se compreender o presente e tentar projetar o futuro, pois o passado e o presente podem nos dar respostas do que devemos fazer para alcançarmos o futuro desejado. Mas não adianta fazer planos contando com algo que está para chegar, pois como já diz o ditado: "O futuro a Deus pertence"
"Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus, não pude dar
Você marcou em minha vida
Viveu, morreu na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão, que em minha porta bate" - Gostava Tanto de Você - Édson Trindade (cantada por Tim Maia).
Por Gervásio Lima
Jornalista e historiador
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