Depois de aproximadamente 270 Km de caminhada mais de 400 Km ainda a caminhar, Lucinha Mota, mãe de Beatriz Angélica, garota que foi assassinada numa escola particular de Petrolina, em dezembro de 2015, fustigada pelo cansaço e com os pés ardendo pela dureza do asfalto, avistou mais uma grande movimentação de pessoas, cartazes na mão e gritos de “Justiça”.
A cena foi registrada na entrada da cidade de Itacuruba, alcançada após 8 dias caminhando, desde que Lucinha saiu de Petrolina, num protesto contra a morosidade da justiça pernambucana na apuração do caso da morte de sua filha, num apelo pela federalização do caso e pela permissão para que uma equipe de peritos americanos entre nas investigações, conduzidas pela Polícia Civil de Pernambuco.
A solidariedade, segundo Lucinha, “tem sido o combustível para nossa viagem. Obrigado Itacuruba. O que dói mais é tirarem um filho da gente e eu caminho por Justiça, por todas as famílias que sofreram injustiça, por mães que continuam a procura de um filho. o estado de Pernambuco tem de punir os criminosos E por isso é que eu caminho, ouvindo cada um de vocês”, disse.
Há seis anos os pais de Beatriz Angélica, Sandro Romilton e Lucinha Mota, lutam para ver o caso esclarecido e o, ou os criminosos, presos, mas à medida que o tempo passa a Justiça em Pernambuco tem dado menos esperanças que isso possa acontecer, para desespero dos familiares, que não desistem e buscam as mais diversas formas de chamar a atenção para o brutal crime. "Enquanto vida ei tiver, lutarei", repete Lucinha Mota, a cada dia que passa.
No sábado (11), em Belém do São Francisco, um grande corredor humano, com faixas e cartazes pedindo justiça e dando forças a Lucinha.
Hoje a recepção no primeiro trecho da caminhada foi em Itacuruba, de onde Lucinha Mota partiu, sob aplausos, em direção a Floresta, onde deve pernoitar.
Da redação redeGN
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