Após seis dias de chuvas intensas, a Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec), informou no começo da tarde desta segunda-feira (13), que o estado registrou 10 mortes e 267 feridos.
Além disso, 6.371 estão desabrigados, outros 15.199 desalojados por causa dos estragos causados pelos temporais no estado. No total, 220.297 pessoas foram atingidas pela chuva e 51 cidades decretaram situação de emergência.
Ainda segundo a Defesa Civil, as mortes foram registradas em Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (3), Macarani (1), Prado (1) e Ruy Barbosa (1).
Os números podem crescer, já que a Sudec diz que ainda não conseguiu contato com todas as cidades em situação de emergência.
O órgão afirma ainda que os números são referentes a estragados causados pela chuva desde o mês de novembro, quando algumas cidades já haviam decretado situação de emergência.
Bolsonaro e Rui Costa visitam áreas atingidas
No domingo, o presidente Jair Bolsonaro e o governador da Bahia Rui Costa sobrevoaram áreas atingidas. Em visitas que aconteceram em pontos diferentes, os gestores analisaram a situação e falaram sobre o que tem sido feito para minimizar os problemas.
Ao todo, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) liberou R$ 5,8 milhões para os municípios de Eunápolis, Itamaraju, Jucuruçu, Ibicuí, Ruy Barbosa, Maragogipe e Itaberaba. O Governo Federal também autorizou o emprego de tropas do Exército Brasileiro no resgate e realocação de pessoas desabrigadas pelas enchentes e inundações.
Já o governador da Bahia anunciou medidas nesta segunda-feira para ajuda aos municípios. Entre elas, o lançamento de uma linha de crédito especial para comerciantes afetados pelas fortes chuvas que atingem o estado.
"Vamos oferecer um crédito de até R$ 150 mil, subsidiado, sem juros, com prazo de carência de 12 meses, ou seja, um ano sem pagar nada. A partir de um ano, [o pagamento será dividido em] 36 parcelas", explicou.
Em Amargosa, duas vítimas do soterramento ocorrido na madrugada de sábado foram encontradas mortas no domingo. As vítimas foram identificadas como Elita Pereira, de 80 anos, e Eliana Pereira, de 40 anos. Nesta segunda-feira (13), as buscas foram retomadas porque um homem identificado como Gildásio Ribeiro, de 89 anos, esposo de Elita e pai de Eliana, também estava no imóvel no momento do soterramento.
Em Medeiros Neto, imagens aéreas feitas no domingo registram os estragos causados pela chuva na cidade. De acordo com a prefeitura, a estimativa é de que mais de duas mil pessoas tenham ficado desabrigadas ou desalojadas no município.
O município decretou estado de calamidade pública. Ainda segundo a prefeitura, choveu cerca 300 mm no intervalo de três dias, quando a média de chuva esperada na cidade era de 40 mm para o mês de dezembro. Os rios Água Fria e Itanhém transbordaram e a ponte que liga o centro da cidade ao bairro de São Bernardo ficou submersa.
Já em Apuarema, após o rompimento de duas barragens no município de Apuarema, os moradores da cidade começaram a analisar os estragos causados pela força da água. Moradores relataram momentos de tensão após o rompimento das duas barragens na sexta-feira.
Em Itamaraju, o prefeito Marcelo Angenica contabilizou os estragos causados pelas fortes chuvas na cidade, que fica no sul da Bahia. Segundo ele, cerca de 150 casas foram destruídas.
A cidade teve situação de emergência reconhecida pelos governos estadual e federal. Três pessoas morreram em decorrência da chuva, na última quarta-feira (8), quando um barranco deslizou e atingiu seis imóveis na cidade.
As vítimas – duas crianças, de 4 e 9 anos, e o tio delas, um jovem de 26 – estavam em casa quando foram atingidos pela lama e pelos escombros.
"A gente está tendo todo o apoio necessário. O prejuízo foi grande e a gente precisa recuperar nossa cidade. A gente calcula um prejuízo de R$ 40 a R$ 50 milhões, perdemos três vidas humanas, que a gente lamenta muito, foram duas crianças e um adulto. Temos entre 100 e 150 casas destruídas, que precisam ser recuperadas, além de estrada", estimou ele.
G1 / foto: Camila Marinho/Tv Bahia
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