O Ministério da Mulher da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), por meio da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM), vem a público repudiar os atos de violência doméstica sofridos por Pamella Holanda e divulgados no último domingo (11). As cenas fortes servem de alerta para toda a sociedade.
Pamella, que é mãe, esposa e filha, deu voz a muitas mulheres que, assim como ela, vivenciam a dor de serem agredidas dentro do próprio lar. As indagações que ficam diante de toda a repercussão são: até quando a palavra de uma mulher será colocada sob suspeita? Ou até quando iremos aceitar que atos de violência sejam justificados? Esses tipos de comportamento não podem mais ser tolerados.
A SNPM aproveita a oportunidade para fazer um grande chamamento para as instituições públicas e privadas, em especial para os gestores das redes sociais e da imprensa: diga não à publicação de atos que tenham como objetivo desacreditar uma mulher. Em caso dúvida, deixe a justiça agir. A cada momento que uma mulher tem sua imagem desconstruída publicamente para justificar um ato violento, outras tantas desistem de procurar ajuda e seguem rumo a uma morte violenta.
O feminicídio, em grande parte, ocorre após uma sequência de agressões. É preciso interromper ciclos, é preciso encorajar as mulheres a romper situações de violência, que afetam toda a família. Pamella é a voz que ecoa hoje nos jornais, mas não nos esqueçamos das inúmeras Pamellas, Marias e Joanas que precisam de ajuda.
Informamos que, neste momento, a SNPM está atuando junto aos órgãos competentes para reforçar as medidas que possam assegurar a integridade da Pamella e da sua filha, bem como a responsabilização do seu agressor.
Lembramos, ainda, da importância de denunciar qualquer tipo de violação de direitos humanos pelo Disque 100 (Disque Direitos Humanos) ou pelo Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher. As ferramentas estão disponíveis 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo finais de semana e feriados.
Ligue 180
WhatsApp: (61) 99656-5008
Telegram: basta digitar na ferramenta de busca “DireitosHumanosBrasilBot”
Aplicativo: Direitos Humanos Brasil (disponíveis em todas as lojas)
Site: ouvidoria.mdh.gov.br
Por fim, expressamos a nossa solidariedade e o compromisso de acompanhar de perto o desdobramento do caso. Seguiremos trabalhando em favor da vida de todas as mulheres brasileiras, pois a nossa missão é transformar o Brasil em um país que verdadeiramente respeita as mulheres.
Cristiane Britto
Secretária Nacional de Políticas para as Mulheres
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
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