Em depoimento à CPI da Covid-19, o deputado federal Luís Miranda, do DEM, até que tentou não revelar o nome do colega parlamentar que teria sido citado por Bolsonaro como um possível envolvido nas negociações com a compra da vacina Covaxin, alvo de investigação do Ministério Público e da CPI.
Luiz Miranda, foi convocado pela CPI para esclarecer denúncias de irregularidades no contrato de fornecimento de vacinas, com sobre preços, segundo o depoente, teria ouvido de Bolsonaro que sabia quem estava por trás das irregularidades: “O presidente entendeu a gravidade. Olhando os meus olhos, ele falou: Isso é grave. Não me recordo do nome do parlamentar, mas ele até citou um nome para mim, dizendo: Isso é coisa de fulano. E falou: ‘Vou acionar o Diretor-Geral da Polícia Federal, porque, de fato, Luís, isso é muito grave", teria dito o presidente.
Durante horas, senadores pressionaram o parlamentar a dizer o nome citado por Bolsonaro – Luis Miranda afirmou, diversas vezes, não se recordar quem era, mas pouco antes das 22h, em novo questionamento da senadora Simone Tebet (MDB-MS), finalmente Luis Miranda confirmou que o nome citado era de Ricardo Barros.
“O que que eu senti? Que o presidente, apesar de toda a força que ele demonstra, de tudo que a gente conhece, que ele, nesse grupo específico, não tinha força para combater. Ele deu a entender isso. Porque ele fala um nome, mas não tem certeza também. Ele diz: “isso é coisa do fulano.” [Falando um palavrão], mais uma vez. Dá um tapa na mesa”, contou o deputado federal Luis Miranda à CPI.
"Eu sei o que vai acontecer comigo. A senhora [Simone Tebet] também sabe que é o Ricardo Barros que o presidente falou", afirmou Luis Miranda.
Da redação redeGN
2 comentários
25 de Jun / 2021 às 23h37
A máscara caiu. Bolsonaro e Lula estão no mesmo saco.
26 de Jun / 2021 às 08h52
O povo acordou, é o fim de algo que não deu certo na mitologia.