Uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), calculou o aumento dos 10 principais alimentos que compõem o famoso "prato feito" brasileiro em 12 meses.
O resultado da pesquisa não poderia ser diferente do que a gente vem observando todas as vezes que vamos ao mercado: alimentos como arroz, feijão, carne estão em média 23% mais caros se comparados com o ano passado. A pesquisa considera as variações até março de 2021.
Alimentos como feijão e arroz, são quase unanimidade quando o assunto é alimentação no Brasil. Além do sabor e valor afetivo, o teor nutricional desses grãos são sempre levados em conta. "Feijão e arroz são alimentos popularmente consumidos pelos brasileiros e essa dupla é fonte rica de nutrientes. Essa junção nos proporciona ferro, proteína e fibra. Do arroz, destacamos por exemplo, a metionina, e do feijão, a lisina, aminoácidos que juntos formam proteína de boa qualidade", ressalta a Dra. Carol Couto, médica com atendimento voltado para o emagrecimento.
Partindo para o cenário local, a carestia dos alimentos também tem alterado a dieta das famílias e mexido no orçamento da população do Vale do São Francisco. De acordo com o boletim do Custo da Cesta Básica de Abril deste ano, realizado pelo Colegiado de Economia da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina – Facape, o custo da Cesta Básica em Juazeiro (BA) foi de R$ 420,73 e, em Petrolina (PE), foi de R$ 446,78. Os moradores da cidade pernambucana estão pagando mais caro do que a população do município baiano.
Diante dos altos preços, algumas pessoas tentam driblar a inflação fazendo a substituição dos alimentos. A Dra. Carol Couto dá dicas de como manter os valores nutricionais de forma equivalente: "Para quem quer alternativas para substituir o arroz e o feijão, temos opções saudáveis que por muitas vezes podem melhorar a forma física. Ambos são carboidratos e podem ser alternados por alimentos da mesma classe, como leguminosas, raízes, ou por outros grãos, assim indico o grão de bico, lentilha, e outras variedades do feijão, como o feijão de corda. A batata também pode ser utilizada para esse fim, contudo, tenham cuidado com o alto índice glicêmico da batata inglesa, nesse caso é preferível utilizar a batata doce. Você também pode consumir a macaxeira, o inhame, fontes de vitaminas e minerais."
O Informativo da cesta básica da Facape ainda alerta para a diferença de preços dos itens, alguns produtos apresentam variações que ultrapassam 200%. Pensando nisso, a Dra. Carol Couto ressalta que o preparo dos alimentos também ajuda no processo de substituição.
"A primeira dica foi substituir o feijão e o arroz por carboidratos saudáveis e com teor nutricional similar. Agora, a indicação é para quem quer um sabor parecido sem a quantidade de carboidratos. No caso do arroz, uma hortaliça equivalente é a couve-flor, sendo possível criar o chamado 'arroz fake', o qual existe várias receitas na internet. Os carboidratos também podem ser trocados pelo macarrão integral, pois ele tem fibras que facilitam a sua digestão. Quanto ao feijão, a couve é um vegetal que pode substituí-lo, pois tem teor alto de ferro", finaliza.
Ascom
1 comentário
13 de May / 2021 às 07h52
Viva o Miçias e o posto Ipiranga dele, que iam resolver o problema do Brasil, tá aí a solução!