O Diretor Técnico e Superintendente do Hospital Promatre de Juazeiro, o médico Pedro Borges Viana Filho, acusou mais uma vez que a Prefeitura de Juazeiro, Bahia, não está pagando os recursos que deveriam ser repassados para o Hospital.
"Infelizmente a situação continua difícil. Salários atrasados. Alerto a sociedade de Juazeiro e Petrolina, região, a prefeitura de Juazeiro deste o início desta gestão não vem pagando os contratos que deveriam ser rigorosamente cumpridos. Isto é inaceitável. Sem pagar a Promatre a prefeitura prejudica os pacientes da Covid19. É uma humilhação que a política de saúde de Juazeiro vem propondo. Os contratos não estão sendo cumpridos e isto causa sérios problemas. Qual a justificativa da Prefeitura de Juazeiro de não repassar os recursos?".
Pedro Filho declarou que recebeu no mês de março pouco mais de R$ 167.000,00 (cento e sessanta e sete mil) e esta quantia não dá "para fazer nada". O médico disse que já explicou a situação ao Ministério Público da Bahia o motivo de ter fechado dois leitos de UTI. Durante participação no Programa Geraldo José, transmitido na Rádio Juazeiro Am, nesta tarde de terça-feira (20), o médico Pedro Filho disse que "os funcionários estão passando fome e que as verbas são carimbadas e deveriam ser pagas todo mês".
Pedro Filho diz que a falta de recursos "pode ceifar vidas pois existem leitos de UTI e enfermarias para pacientes em Covid-19. "Faço um apelo a prefeita Suzana Ramos para cumprir o pagamento. O Hospital é uma oportunidade de salvar vidas. Não temos apoio e sinto-me perseguido", acusou o diretor da Promatre.
O médico Pedro Filho também acusou "que o atual Secretário de Saúde de Juazeiro não tem tempo para exercer a função". Segundo ele o Secretário de Saúde "tem vínculo empregaticio com Santa Maria da Boa Vista, Pernambuco e Curaçá, Bahia. "Eu nem sei se ele, o secretário saúde sabe onde fica a Promatre", acusou.
Através do WhatsApp o médico explicou que a Promatre faz parte da rede PEBA e questionou: "Antes do Hospital do Trauma e da reinauguração do Hospital Regional, a Promatre atendia a quase a totalidade de urgências e emergências da região. A Promatre é filantrópica. O povo de Juazeiro e região é pobre . Talvez não chegue a 10% às pessoas com plano de saúde. Imagine como estaria agora Juazeiro sem os 20 leitos de UTI COVID e os 20 leitos de enfermaria COVID.
Juazeiro é municipalização plena e portanto os recursos do SUS vêm direto para a conta da secretaria de saúde. Antes da municipalização não se tinha este tipo de problema pois os recursos vinham direto para os hospitais. Lembre-se dos hospitais que já fecharam. A Promatre é de Juazeiro.
Querem fechá-lá?
HISTÓRICO: No mês de março a assessoria de imprensa da Prefeitura de Juazeiro disse que pagou, na segunda-feira (01), todas as faturas de prestação de serviços que estavam pendentes com o Hospital Promatre, que tem contrato para os serviços de urgência e emergência com o município.
Com agilidade da Secretaria de Finanças, através do secretário Gilson Dantas, três faturas foram pagas totalizando R$ 784.108,40 – todas do mês de janeiro de 2021.
Desde o início da gestão, a Prefeitura vem quitando faturas em atraso com a Promatre. Em dois meses foram pagos ao hospital conveniado R$ 2.584.028,30, referentes aos serviços prestados em novembro e dezembro de 2020, e janeiro de 2021. Com isso, a Prefeitura zera todas as contas com a unidade de saúde.
redação redeGN Foto Geraldo José
1 comentário
20 de Apr / 2021 às 21h07
Cheiro de desvio, toda gestão é isso, o hospital sempre reclamando. Sera que todas as gestões desvio logo do repasse para PRO MATRE? E porquê não paga os funcionários com o dinheiro dos planos de saúde e com as consultas particulares? Já virou palhaçada, porquê nao resolve na justiça ao inves de ficar apelando para a imprenssa?