Grupo de comerciantes da área central protesta contra decretos que fecham comércio em Juazeiro

Um grupo de empresários de Juazeiro está realizando, desde ontem (22), um manifesto em que protestam contra os decretos do estado e município, que determinaram o fechamento das atividades consideradas não essenciais esta semana, em função do agravamento da crise sanitária provocada pela Covid-19.

Em contato com a redação da redeGN, Renata Meira, Supervisora da Loja Alvo Moda, representando os comerciantes da área central da cidade, informou que o protesto, denominado de “Comércio Unido”, “conta com o apoio de lojistas, a exemplo da Master Magazine, Real Calçados, dentre outras” e se rebela contra as mediadas adotadas, informando que as lojas envolvidas estão abrindo, à meia porta e sem atendimento aos clientes.

Não estamos aceitando, não vamos concordar em hipótese com o decreto de lockdown. Nós compreendemos na realidade que o comércio é forte e o povo tem força, nós não podemos passar pelo que está sendo proposto para a gente. Nós precisamos respirar, precisamos trabalha, manter as nossas famílias e não estamos aqui no nosso manifesto para abrir as nossas lojas em busca de dinheiro, não, estamos aqui somente para exigir nosso direito constitucional”, declarou.

Em vídeo enviado à redação, Renata Meira disse que a manifestação une um grupo de comerciantes de Juazeiro e Petrolina e que o movimento vai prosseguir nos próximos dias, incluindo com manifestações e carreata prevista para esta quarta-feira (24): “O comercio é quem mantém boa parte dos recursos financeiros das duas cidades, tanto de Petrolina, como de Juazeiro e hoje essa briga não é só mais de Petrolina, não é só mais de juazeiro, hoje nós estamos falando em nível nacional e queremos convidar a Bahia inteira pra entrar com a gente nessa briga”, convocou.

Renata foi taxativa: “Não vamos aceitar de maneira alguma nada de decreto de lockdown, que só tem prejudicado o cidadão, por conta de briga política que está manipulando a massa, a população”, disse.

Durante o manifesto o empresário Ricardo Valverde, da loja Ricardo Brinquedos, lamentou a seletividade dos decretos, que na sua opinião não atacam os verdadeiros pontos de aglomeração, nos bancos e grandes atacadistas: “Vocês sabem o que é aglomeração? Aglomeração é uma caixa Econômica Federal, aglomeração é um banco privado, um Itaú, um Banco do Brasil, aglomeração é quem vai se dirige ao Assaí, ao Atacadão e vê o que é aglomeração”, protestou.

Ebert Vieira, empresário de Petrolina, também se manifestou em Juazeiro: “Sou do movimento que está acontecendo em Petrolina e hoje vim a Juazeiro dar o meu apoio, a minha força, porque as duas cidades vão se unir nesse movimento.  A gente vai abalar a estrutura não só de Petrolina e Juazeiro, a gente vai abalar a estrutura do Vale e a gente é totalmente contra um ato inconstitucional, pois estão sendo seletivos na forma de lockdown. Se é pra fechar, vamos fechar tudo. Posto, atacadista, tudo...10 dias, perfeito, quinze dias, perfeito, fecha, fecha tudo”, manifestou.

De acordo com Renata Meira o movimento conta com o apoio de entidades como o CDL, Sindilojas, dentre outros e estão buscando inteirar as autoridades locais e estaduais sobre as reinvindicações. 

Confira o manifesto de Renata Meira durante o movimento:

 

Da redação redeGN