A Fecomércio-Pernambuco, após o Governo de Pernambuco decretar quarentena no Estado, que as medidas implicam em impactos extremamente negativos para o setor do comércio de bens, serviços e turismo do estado de Pernambuco. No entanto, a entidade disse entender que as medidas adotadas são necessárias para controle do nível de infecção.
"Destacamos que o anúncio de medidas de isolamento mais duras e o fechamento do comércio, em 2020, resultou em queda expressiva do volume de vendas do varejo, que, em abril, registrou o pico negativo de -16,6%. Além disso, o mercado de trabalho foi gravemente afetado, com o saldo negativo geral de vagas formais atingindo - 69.865, em junho de 2020, pós lockdown em Recife, com participação de 24,2% do saldo vindo do comércio, que corresponde a -16.960", diz a nota.
Outro setor bastante impactado com as medidas restritivas foi o de turismo, com prejuízos superiores a R$ 290 bilhões, a nível nacional, nos 12 meses de pandemia.
A nota da Fecomércio ainda continua e diz que o período de proibição de funcionamento dos setores não essenciais terá um desdobramento extremamente danoso para a economia. "A expectativa é de que um número grande de empresas que estavam resistindo à crise, mesmo com baixo desempenho nas vendas, não suporte mais este momento e encerre as suas atividades, implicando na perda de investimentos, empregos e renda".
Outro ponto que entidade destacou é que muitos destes negócios já recorreram a linhas de crédito subsidiadas, apresentando assim endividamento mais elevado do que no mesmo período de 2020, limitando ainda mais a capacidade de manutenção da atividade em mais um período em que a restrição de abertura dos estabelecimentos não essenciais irá reduzir o desempenho das vendas.
"Reiteramos a importância do diálogo e interlocução entre o governo estadual e as instituições de representação empresarial. A participação das entidades empresariais amenizará os impactos negativos das medidas restritivas, visto que trará transparência e previsibilidade, possibilitando aos negócios locais a criação de planos mais eficientes na minimização dos prejuízos advindos do atual cenário. A Fecomércio-PE considera extremamente importante a luta pela vida das pessoas, mas espera que exista também um olhar voltado à sobrevivência das pessoas jurídicas, responsáveis pela realização de investimentos importantes para o crescimento econômico do país, da geração de emprego e renda, além de ser fonte de recursos do setor público através da arrecadação de impostos. Sem o setor produtivo, dificilmente existirá o setor público", conclui a nota da Fecomércio-PE.
Redação redeGN Foto Ilustrativa
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