Padre Manoel Rodrigues dos Santos exerce a função sacerdotal há 30 anos na Diocese de Petrolina. Uma história de fé e prestação de serviço cristão. Detalhe: Padre Manoel é artesão. Ele afirma que é um "hobby, uma atividade exercida exclusivamente como forma de lazer, de distração; passatempo".
Todavia o trabalho desenvolvido por Padre Manoel tem chamado a atenção e ganha destaque entre amigos, conhecidos e redes sociais. "Sempre gostei de pintar, desenhar, fazer artesanato com vários materiais e decorar o altar com os padroeiros", revela padre Manoel.
Antenado com os preceitos da ecologia, Padre Manoel usa materiais recicláveis. São garrafas, papelão, plásticos, canos de pvc, madeira, botões e tecidos que ganham outra vida nas mãos hábeis do artesão.
As telhas de argila é um dos trabalhos que cada vez mais ganho espaço na arte de Padre Manoel. "Muito desses produtos que uso para trabalhar encontro na rua, exemplo, caixas, garrafas, cabaças e que transformo em formas de arte". O presépio na Igreja São Francisco das Àguas, localizada no Projeto Senador Nilo Coelho Núcleo 11, recebeu centenas de elogios.
Na Igreja Católica, José, o carpinteiro, ou José de Nazaré, por ter exercido o ofício de carpinteiro, tornou-se padroeiro dos operários, dos carpinteiros e dos artesãos. É, também, o protetor das famílias, pela fidelidade e dedicação paternal a Jesus. O dia dedicado a São José é 19 de março. O dia de São José Operário é comemorado no dia 01 de maio.
A noção de arte popular não designa um estilo artístico, uma técnica ou um tipo único de objeto. Seu campo de produção estabelece conexões com diferentes linguagens artísticas em que a criatividade e a autoria individual ocupam lugar central. Ao mesmo tempo, traduz um modo de ser nativo, de criar e transformar a partir do que se tem em torno de si.
"O artesanato remete ao aconchego da vida familiar naquilo que ela tem de mais recorrente em nossas reminiscências. Ele nos leva de volta à infância, à vida mais simples e próxima da natureza, às conversas ao redor do fogão, aos bancos toscos de madeira, às cortininhas alvas e rendadas nas janelas, às colchas feitas por nossas bisavós e avós, às peças de tear de puro algodão, ao aroma das flores do campo e aos oratórios e objetos ligados à religiosidade intrínseca de nosso povo. A arte nos remete a uma visão mais lúdica e feliz e nos aproxima de nossas verdadeiras origens. A fuga do mundo virtual e tecnológico para um “cantinho” que permanece intacto dentro de cada um de nós", finalizou Padre Manoel.
Redação redeGN Fotos: Arquivo Pessoal
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