O corpo da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos, assassinada a facadas pelo ex-marido na véspera de Natal, será cremado neste sábado (26). A cerimônia de cremação está prevista para as 10h30 no Cemitério da Penitência, no Caju, Zona Portuária da capital.
A magistrada foi morta por volta das 18h de quinta-feira (24) na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na frente das três filhas, todas menores de idade. Segundo a Associação de Magistrados do Rio de Janeiro (Amaerj), Viviane Vieira do Amaral Arronenzi era juíza há 15 anos.
Atualmente ela trabalhava na 24ª Vara Cível da Capital, mas já tinha atuado na 16ª Vara de Fazenda Pública. Várias entidades da magistratura divulgaram notas de repúdio ao crime.
O engenheiro Paulo José Arronenzi, que foi preso em flagrante ainda na quinta-feira (24) por feminicídio após matar a juíza a facadas, teve a prisão temporária convertida em preventiva na sexta-feira (25).
A decisão foi da juíza Monique Brandão durante a audiência de custódia do engenheiro Paulo José Arronenzi. Ele foi encaminhado, em seguida, para um presídio do sistema da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).
Paulo José Arronenzi, de 52 anos, não quis falar na delegacia e disse que só vai se manifestar em juízo, segundo informações da polícia.
Ele não tentou fugir depois do crime e permaneceu próximo ao corpo da ex-mulher até a chegada da polícia. Ele recebeu voz de prisão e foi levado à Divisão de Homicídios e foi transferido nesta sexta para um presídio.
O crime ocorreu na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) foi esfaqueada na Avenida Rachel de Queiroz, na frente das três filhas do casal.
O assassinato foi registrado em um vídeo que circulou em redes sociais e foi analisado pelos policiais. Na gravação, as crianças pedem ao pai que parem de golpear a juíza.
Para a polícia, o engenheiro premeditou o crime. No carro dele foram encontradas três facas, mas a que foi usada para matar a mulher, no entanto, não foi encontrada.
Em setembro, Viviane havia feito um registro de lesão corporal e ameaça contra o ex-marido, que foi enquadrado na Lei Maria da Penha. Ela chegou a ter escolta policial concedida pelo TJ-RJ, mas pediu para retirá-la posteriormente. A juíza não foi a única mulher a denunciar o engenheiro para a polícia.
Em 2007, uma ex-namorada dele registrou ocorrência policial porque estaria sendo importunada por ele, que não aceitava o fim do relacionamento.
G1
0 comentários