De acordo com a Fiocruz, um importante indicador da falta de assistência de saúde está nos números de mortos fora das UTIs. Segundo a nota técnica, a “falta de UTI foi ainda mais expressiva nos municípios do interior, sobretudo pela dificuldade de acesso e as longas distâncias que devem ser percorridas em busca de atendimento”.
Segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SivepGripe), no interior, o total de mortos fora das UTIs é proporcionalmente maior do que nas regiões metropolitanas em quase todo o país, sendo a única exceção a Região Sul, o que indica que a desassistência aos doentes por covid-19 é mais significativa nas cidades menores.
Em nível nacional, 36% morreram de covid-19 fora das UTIs no interior, contra 31% nas regiões metropolitanas. Há também os registros sem informação sobre o local da morte (9% no interior e 13% nas regiões metropolitanas), que podem elevar esses números.
Os estados que registraram maiores índices de mortes no interior fora da UTI são Amapá (82%), Roraima (73%), Amazonas (66%), Pará (59%), Sergipe (58%), Tocantins (50%), Acre (46%) e Ceará (45%). Já nas regiões metropolitanas, os estados que tiveram mais óbitos fora da UTI foram Roraima (63%), Sergipe (53%), Amazonas (47%), Rio Grande do Norte 42%), Minas Gerais (38%), São Paulo (36%), Distrito Federal (35%) e Ceará (38%).
Redação redeGN
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