Parceria promove ações para atualização do Cadastro Ambiental Rural

Uma parceria entre o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) e a Coordenação Estadual de Articulação das Comunidades Quilombolas de Pernambuco (CEACQ) tem possibilitado o início de um trabalho fundamental para o acesso a políticas públicas em imóveis rurais localizados em cinco Comunidades Quilombolas de Salgueiro e Sertânia. É o projeto de atualização do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que prevê a instalação de uma central multimídia em cada comunidade e a capacitação de 25 jovens que serão multiplicadores do CAR.

A central multimídia, que conta com data show, computador, caixa de som e impressora, será instalada a fim de atender às necessidades do polo de educação a distância, com a oferta de cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) na modalidade EAD. Em breve, será feita uma chamada pública para a seleção de professores. A previsão é que os cursos iniciem em março de 2021. O projeto, oriundo de uma emenda parlamentar, é coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proext) e conta com o envolvimento dos servidores Vitor Lorenzo, Clésio Morgado, Edivânia Granja e Herlon Bezerra.

"Nas visitas realizadas às cinco comunidades tivemos a possibilidade de levantar as demandas, conhecer a estrutura e as atividades desenvolvidas. Esse levantamento irá otimizar a seleção dos cursos que serão realizados, gerando resultados mais positivos", afirmou o pró-reitor de Extensão e Cultura, Vitor Lorenzo. Segundo ele, com essa iniciativa o IF Sertão-PE está "disseminando políticas públicas em prol de transformar a realidade dessas comunidades e praticando educação inclusiva". 

Instituído pelo Código Florestal (lei nº 12.651/12), o Cadastro Ambiental Rural (CAR) é uma base de dados estratégica para o controle, monitoramento, combate ao desmatamento e planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais. Em diversos estados brasileiros, é requisito para o acesso a programas de aquisição de alimentos e obtenção de crédito rural, além de ser porta de entrada para a regularização fundiária das propriedades, o que impõe como desafio a inclusão dos Territórios Tradicionais de uso coletivo, como são as Comunidades Quilombolas, no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR). 

Ascom