Nos últimos 11 dias, a Bahia teve um crescimento de 91,75% de casos de Covid-19, em comparação com os 10 primeiros dias do mês de novembro. Os dados analisados foram disponibilizados no boletim diário da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
De 1ª a 10 de novembro, foram 12.784 casos registrados, enquanto entre 23 de novembro e 2 dezembro foram 24.514 infectados: um aumento de 11.730 registros de um período para o outro.
Esse crescimento está diretamente ligado às reaberturas de comércio e às aglomerações provocadas pelas eleições, que ajudam a proliferar o coronavírus de uma forma mais rápida, como explica o médico infectologista Adriano Oliveira.
“Não dá para dizer que esse aumento foi causa exclusivamente pela eleição, mas a eleição tem um peso nisso, sem dúvidas. O pico tem a ver também com a reaberura econômica, mas as eleições, pelo fato de te promovido toda aquela aglomeração de pessoas, frequentemente sem devido cuidado e isolamento, aquilo tudo que a gente já conhece, certamente influenciou para que a gente tivesse esse aumento”, explicou ele.
Em Salvador, que é a cidade baiana que registra a maior proporção de casos confirmados, esse crescimento reflete o do estado. Hoje, a capital contabiliza 98.940 infectados, desde o início da pandemia.
Esse número corresponde ao percentual de cerca de 24% dos 409.417 casos registrados na Bahia, desde março até a quarta-feira (2). No primeiro período, de 1ª a 10 de dezembro, Salvador teve 1.544 infectados, chegando ao total de 92.714 casos.
Já no período de 23 de novembro a 2 de dezembro, foram 3.342 infectados, com a capital baiana chegando aos 98.940 casos atuais. Comparando os mais de 1,5 mil infectados nos primeiros 10 dias do mês, com os mais de 3,3 mil nos últimos 10, o crescimento foi de 1.798, um percentual de 116%.
No caso das mortes por Covid-19, o primeiro período registrou 3 casos a mais que o segundo, mas o infectologista alerta que esse cenário pode mudar. “Com o número de casos aumentando, o número mortes também pode aumentar. Sem dúvida, é proporcional”, avaliou Adriano Oliveira.
G1 Bahia
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