O quê, quem, quando, como, onde e por quê são as perguntas básicas a serem respondidas por um jornalista no dia a dia da profissão. Caso o jornalista em questão seja Ricardo Villela, diretor-executivo de jornalismo da TV Globo, e caso o dia em questão seja o da divulgação do vídeo de uma reunião ministerial, surge uma sétima pergunta. "Ricardo, 'bosta' a gente bota 'pi' ou não?"
"Não, 'a bosta da Folha' não", responde Villela, sabendo a qual frase do presidente Jair Bolsonaro a colega de Redação estava se referindo. O diálogo é um exemplo dos registros de bastidor do noticiário no documentário "Cercados - A Imprensa Contra o Negacionismo na Pandemia".
"Cercados" faz um da história e dos bastidores da cobertura do novo coronavírus através do olhar da imprensa. Dirigido por Caio Cavechin. Cemitérios, hospitais, a portaria do Palácio da Alvorada e reuniões de pauta dos principais veículos de imprensa do Brasil são mostrados em quase duas horas de filme.
"O jornalismo e a ciência, como formas de conhecimento da realidade, enfrentaram um duplo desafio: lidar com o negacionismo e ajudar as pessoas a se cuidar e as instituições a tomar decisões que protegessem o maior número de cidadãos", explica Cavechini.
"Ao retratar a rotina dos veículos brasileiros na pandemia, 'Cercados' faz um registro histórico desse desafio. Em vez de um documentário de entrevistas, preferimos fazer uma produção de imersão, gravando diariamente as situações vividas por dezenas de jornalistas dos mais variados veículos do país”, continua.
O documentário foi gravado no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Manaus e Fortaleza e é a segunda produção documental do Jornalismo da Globo para o Globoplay. A primeira foi a série “Marielle – o documentário”, lançado em março.
"Foi um desafio imenso acompanhar os desdobramentos simultaneamente em cinco cidades, com equipes atuando para oferecer um olhar particular sobre a atividade jornalística no meio desse turbilhão", conclui o diretor.
Globo Play
1 comentário
03 de Dec / 2020 às 17h26
Esse é o filho dessa imprensa e da Rede Globo; Jair Messias Bolsonaro. Mas a mãe ingrata rejeita o próprio filho; Abraça que o filho é teu ô Rede Globo de televisão. Embala e nina tua criança.