No principal ponto turístico de Juazeiro, Bahia, a água do rio São Francisco cobriu parte da orla. No bairro Angari, famílias tiveram que sair de casa por causa dos seguidos aumentos da vazão da barragem do Sobradinho, a barragem, que chegou perto de operar no volume morto em 2013. Hoje está com 58% da capacidade. É a melhor situação entre os três principais reservatórios do país.
“Com muita frequência, as regiões Sul e Sudeste estão com o conjunto dos reservatórios, somando tudo, com níveis baixos de reserva. Isso já é reflexo claramente, não só do aprofundamento dos fatores do aquecimento global”, diz Anivaldo Miranda, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
Enquanto a seca esvazia reservatórios de hidrelétricas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, o Nordeste segue com a capacidade de armazenamento acima dos 50%. Com isso, a região Nordeste está exportando energia produzida por lá para todo país. Segundo o operador nacional do sistema são cerca de 4 mil megawatts médio de energia exportados. O suficiente para abastecer 12 milhões de habitantes.
Outras fontes de energia como o sol e o vento contribuíram para o bom momento. A região já responde por 85% de toda energia eólica produzida no país.
“O potencial eólico do Nordeste ainda é muito grande, podendo, a médio prazo, se o Brasil buscar trilhar um caminho de menor custo, maior segurança e menor impacto ambiental, seguramente o potencial eólico e fotovoltaico serão desenvolvidos e a contribuição do Nordeste tende a crescer mais ainda”, afirma Ildo Sauer, vice-diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP.
Redação redeGN com informações JN Foto Arquivo
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