Uma reportagem do UOL Esporte pode trazer reviravoltas no caso do incêndio do Ninho do Urubu, em fevereiro do ano passado, que deixou 10 jovens mortos e outros três feridos. A publicação, veiculada na manhã de hoje (9), mostra que correspondências internas, desde 11 de maio de 2018, ou seja, nove meses antes do incêndio, indicava que o clube tinha ciência dos riscos em função da precariedade das instalações elétricas no CT. O incêndio foi ocasionado por um curto-circuito em um dos aparelhos de ar-condicionado do local.
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro disse que vê a troca de e-mails do Flamengo como “prova inconteste da responsabilidade do clube” e indica que os documentos “serão anexados à ação coletiva” que, juntamente ao Ministério Público do Rio de Janeiro, move contra o Rubro-Negro. O órgão acrescentou ainda que as correspondências indicam que os dirigentes “sabiam do risco de vida a que estavam submetendo os adolescentes que ali dormiam, e nada fizeram para evitar a morte de 10 jovens”.
Os advogados das famílias dos garotos disseram que vão lutar ainda mais na justiça diante da revelação. “Esperamos que haja justiça na esfera criminal, com a condenação dos ir (responsáveis). Acreditamos que o Ministério Público tomará as medidas cabíveis diante de tais provas”, disse Paula Wolf, advogada da família de Jorge Eduardo, ao site.
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