O sarampo é uma doença grave e de alta transmissibilidade, sendo possível uma pessoa transmitir para até outras 18 durante o período de contágio. Após surto da doença no Brasil, em 2019, o Ministério da Saúde (MS) intensificou a Campanha de Vacinação contra o Sarampo.
Na quarta etapa da campanha, voltada às pessoas de 20 a 49 anos, apenas 5,8% deste público se imunizou. A baixa adesão preocupa e a campanha foi, mais uma vez, prorrogada, com previsão de término para 31 de outubro.
A enfermeira e coordenadora do curso de Enfermagem de uma faculdade particular de Petrolina, Ana Paula Andrade, pontua que a vacinação é uma estratégia para interromper a transmissão e eliminar a circulação do vírus no país. "A disseminação do vírus do sarampo é muito simples e rápida, ocorrendo por via aérea ao tossir, espirrar, falar ou respirar e não precisa de contato direto, pois o vírus se dissemina no ar", explica.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria de mortes por sarampo acontecem por complicações associadas à doença. Cegueira, encefalite, diarreia grave, infecções no ouvido ou infecções respiratórias, como pneumonia, são as principais complicações graves.
Ana Paula alerta para a ida às unidades de saúde. "A vacina contra o sarampo é usada há 50 anos, portanto segura e eficaz. Então, aqueles que estão na faixa etária de 20 a 49 anos procurem à unidade de saúde mais próxima e garanta sua imunização. O sarampo é uma doença que pode levar ao óbito e a melhor forma de prevenir é por meio da vacinação". Aqueles que já receberam a vacina na infância devem ir aos postos para uma dose de reforço.
De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, neste ano, até 25 de julho, foram confirmados 7.293 casos de sarampo em 21 estados, com cinco mortes registradas. Em 2019, foram 18.203 casos confirmados e 15 óbitos.
Ascom Marcia Gabriela Foto: Ilustrativa
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