Água, luz e alimentação. Ajudar no pagamento de despesas fundamentais é um dos objetivos do auxílio emergencial de R$ 600 concedido pelo governo federal no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Pescadores estão na lista de cidadãos que sofrem com contas acumuladas e com o medo de faltar alimento em casa.
Casado e pai de quatro filhos, Geilton Gomes da Silva, de 34 anos, é um dos pescadores artesanais do Rio São Francisco que ficou sem o seguro defeso e ainda tever a sua situação agravada pela crise do coronavírus. “Está muito difícil porque as pessoas ficam com medo do vírus e não saem mais de casa para comprar o peixe. Além disso, os peixes no rio diminuíram muito. Tem dia que saio para pescar e volto sem nada”, lamenta o pescador de Januária, Minas Gerais.
A reportagem da redeGN ouviu também os pescadores da Colônia do Angary, localizado em Juazeiro, Bahia. Maria Helena disse que a situação não está fácil para ninguém. "Alguns pescadores vivem do seguro defeso que vai até o mês de fevereiro. Outros do bolsa família e outros a única renda é a pesca.".
Deyvison Barbosa Lima, de 26, pescador em Pirapora, em outro ponto do Norte de Minas Gerais, também lamenta a exclusão. Ele conta que “perdeu o direito” de receber o seguro da pesca há algum tempo quando foi “fichado” no serviço de instalação de placas em uma usina de energia solar em Pirapora. Mas, há cerca de dois anos, quando terminou a implantação da usina, ele ficou sem emprego. Voltou a pescar, mas ainda não conseguiu o cadastro para recebimento da ajuda durante o período da piracema.
“Preciso dessa ajuda de R$ 600 para poder comprar leite para o meu filho. O governo deveria liberar esse auxílio pra gente. A burocracia trava um pouco e não consigo provar que preciso da emergência”,explica o pescador artesanal.
Para conhecer as regras do Auxílio Emergencial, acesse www.caixa.gov.br/auxilio
Redação redeGN Fotos Ney Vital
0 comentários