Quando a gente está numa situação difícil nunca imagina que pode piorar. Esta é a realidade do Hospital Regional de Juazeiro alvo nas últimas semanas de diversas matérias na redeGN e em outros veículos de comunicação por conta do atraso salarial, demissão de médicos e a probabilidade de afastamento coletivo de outros profissionais.
Não bastasse toda esta situação em razão do atraso no repasse dos recursos pelo governo da Bahia que só ontem efetivou o depósito de R$ 3 milhões e 900 mil reais para pagamento dos servidores da unidade hospitalar que estão há dois meses sem salários, um vídeo viralizou esta noite nas redes sociais e nos grupos de whatsapp como se fosse no Hospital Regional de Juazeiro.
Fatos semelhantes já foram registrados na cidade e desmentido pela redeGN, embora a propagação sem maiores precauções tenha provocado enormes estragos às entidades que são acusadas sem, neste caso, ter qualquer culpa.
No vídeo, uma profissional da saúde lamenta que uma carga de álcool enviada ao município não apresente a quantidade deseja do produto, cujo conteúdo foi compensado por certa quantidade de areia.
Para quem não presta atenção ou tem interesse na disseminação de notícias falsas imediatamente o fato foi atribuído ao Hospital Regional de Juazeiro apenas porque a pessoa que fala no vídeo cita “o material que recebemos agora na Regional”, depois acrescenta como se representasse algum município sem citar qual: “agora depois para cobrar do município é rápido”.
A partir do momento que tomou conhecimento do vídeo a reportagem da redeGN entrou em contato com Hucilene Simões que desmentiu a informação. “Esse vídeo nunca foi gravado aqui, não recebemos nenhum caminhão com tal produto. E a responsabilidade do Hospital Regional é do Estado, nunca do município” explicou a diretora da unidade hospitalar.
O fato na verdade aconteceu no Rio Grande do Norte como explica a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap/RN): A areia, na verdade, é um material absorvente, que evita o vazamento do álcool, caso algum frasco chegue a se romper. O vídeo foi filmado no Hospital Regional do Seridó, localizado em Caicó e o material mostrado foi doado pelo Ministério da Saúde.
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