Em ofício encaminhado esta semana ao Dr. Fábio Vilas-Boas, Secretário de Saúde da Bahia, o deputado Roberto Carlos (PDT) foi duro na cobrança de providências em relação ao Hospital Regional de Juazeiro, referendando as denúncias de funcionários da instituição, que alegam “falta de pagamentos dos salários, falta de Equipamento de Proteção Individual – EPIs, falta de alimentação e medicamentos”, apontou.
No documento, que a redeGN teve acesso por uma fonte, o deputado informa que constatou in loco a situação e lamentou que providências venham sendo proteladas:
“Há anos venho informando a V. Ex.ª os problemas que ocorrem no Hospital Regional de Juazeiro - HRJ, entretanto, pouca coisa mudou, de lá para cá. Agora, mais uma vez, funcionários denunciam o Hospital Regional pela falta de pagamentos dos salários, falta de Equipamento de Proteção Individual – EPIs, falta de alimentação e medicamentos. Conforme informei ao nobre secretário, semana passada, que iria ao HRJ para ver a verdadeira situação, assim o fiz. Fui acompanhado do coordenador do Núcleo Regional de Saúde-Norte, antiga 15ª Dires, o Dr. Pedro Alcântara, com a sua equipe da vigilância de saúde, e do presidente do Conselho Municipal de Saúde de Juazeiro, Pastor Robson”, escreveu.
No ofício o deputado pediu urgência nas providências para não colocar a vida de pessoas em risco: “Na oportunidade, vimos algumas coisas, que a olho nu, precisam, urgentemente, ser restabelecidas, como o pagamento de salários dos servidores e prestadores de serviços, a reposição de medicamentos e insumos, de modo geral. Caro secretário, esta situação dificulta a prestação de serviços do HRJ e é importante ressaltar que muitos entes queridos estão perdendo a vida. Sabe o que os principais meios de comunicação e especialistas de saúde falam aqui, em Juazeiro? É que a SESAB só tem olhos para Salvador, principalmente, agora, nesta crise mundial de saúde que alastra o nosso país e não é diferente em nossa Bahia”, reforçou.
O deputado esclareceu na nota, que mesmo fazendo parte da base e ocupando a vice-liderança do governo na AL-BA, não pode se calar diante de fatos que são de conhecimento público e repercutem negativamente na região: “Nós, da base do governador, não temos elementos justificáveis para desfazer o que a imprensa fala, pois o Hospital Regional de Juazeiro, que é referência para o enfrentamento do COVID- 19, está nesta situação, que é, sem dúvida, uma verdadeira falta de respeito à vida humana. Não vou me calar diante de tanta falta de respeito à vida das pessoas. Ligo para os seus subordinados, explico a situação e não solucionam este caso. Já cansei. O povo e a imprensa estão me cobrando uma posição como vice-líder de Rui Costa e como deputado mais bem votado em Juazeiro”, declarou.
Na nota o parlamentar encaminhou sugestões para resolver o problema:
1 - Que sejam restabelecidos, imediatamente, os 20 leitos gerais que o hospital possui, dos quais foram tirados 10 para os pacientes com COVID-19, pois já eram poucos e com a diminuição de 50% fica muito difícil atender aos doentes gerais, que não deixam de ocorrer;
2 - Que efetue, imediatamente, o pagamento de salários atrasados e não mais atrase;
3 - Caso a empresa APMI não abasteça o hospital de medicamentos, seja feito o distrato do contrato, imediatamente, chamando a segunda colocada ou faça outra licitação;
4 - Considerando o pico do coronavírus para o mês de Junho, seja destinado ao Hospital UNACOM o tratamento de pacientes de covid-19 ou, no mínimo, que sejam criados sete novos leitos de UTI, no hospital UNACOM para o combate ao COVID 19, onde deve funcionar o repouso de quimioterapia.
Ressaltando o esforço do governador no combate à pandemia, o deputado cobrou urgentes providências: “Peço ao nobre secretário que resolva estes problemas urgentes para garantir que estejamos fazendo o bem e zelando pelo povo baiano. Principalmente, neste momento em que o nosso governador se agiganta em defesa da vida humana”, finalizou.
Da redação redeGN
3 comentários
03 de Jun / 2020 às 12h45
futuro dos que sobreviverem, pois Bolsonaro segue na linha “morram quantos tiverem de morrer”, como fez ontem ao dizer que a morte é o destino de todos. Como se seu governo não tivesse nenhuma responsabilidade diante da pandemia, como se não fosse papel de um presidente fazer da salvação de vidas seu primeiro e grande objetivo numa hora destas. Mas neste momento, ele só pensa em salvar-se. E só pode salvar-se pelo golpe, que não passará se entendermos que a hora exige unidade e inventividade, e combate na adversidade. Receber notificações do Brasil 247. Inscreva-se.
03 de Jun / 2020 às 18h19
DE GESTÃO PETISTA,PODE SE,ESPERAR COISA MELHOR ?
03 de Jun / 2020 às 20h08
Ano de eleição,muita preocupação em angariar votos,o HR toda tempo tem problemas,só agora a classe política está descobrindo.Por quê será?