Juazeiro -BA e Petrolina-PE, no Vale do São Francisco, unidas por uma ponte que sobrepõe pouco mais de 900 metros sobre o Rio São Francisco, se misturam nos afazeres e nas idas e vindas do dia a dia.
Juntas seriam uma metrópole de quase 600 mil habitantes, somando-se a isso milhares de pessoas de outras cidades da região, num vai e vem que não cessa e que projeta algo em torno de um milhão de pessoas circulando diariamente.
Dadas essas circunstâncias, não seria de bom tom avaliar o grau de incidência de casos da covid-19 somando-se os registros das duas cidades, já que é impossível impedir a circulação de pessoas entre as duas?
A redeGN resolveu fazer essa conta, mostrando dados que, provavelmente, ainda não foram avaliados no momento de tomada de decisões individuais em cada um dos municípios, incluindo ai o fato de que muitas das decisões se dão no âmbito estadual, com uma dificuldade ainda maior de conhecer a realidade local.
A avaliação dos riscos em Petrolina e Juazeiro certamente passa por essa avaliação, já que a soma populacional, a proximidade e o grau de circulação entre as duas seriam suficientes para essa reflexão.
No comparativo um dado ficou escancarado: a testagem no lado pernambucano é quase 9 vezes maior, com 4.552 notificações contra apenas 538 em Juazeiro. Os números não refletem a diferença populacional, infinitamente menor em proporção e não chega a dobrar.
O boletim somando os números das duas cidades, com dados aferidos neste dia 25 de maio, apontam os seguintes números: 4.552 notificados, com 263 casos confirmados de Covid-19 e 10 óbitos.
Confirmados os dados de uma pesquisa coordenada pela Universidade Federal de Pelotas, entre os dias 14 e 21 deste mês de maio, que aponta um número de infectados 7 vezes maior do que o que vem sendo notificado oficialmente no Brasil, em Juazeiro e Petrolina já teríamos mais de 1.800 pessoas com o vírus, a grande maioria assintomática, circulando e espalhando o vírus nas duas cidades.
Não seria de bom tamanho a criação de um grupo de avaliação com quadros dos dois municpios para avaliar sugestões conjuntas? Fica a dica:
Da redação redeGN
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