O Prefeito Orgeto Bastos dos Santos, de Pilão Arcado – Norte da Bahia, no decreto 044/2020, datado de 05 de abril de 2020, estabeleceu novas medidas temporárias no âmbito do território para prevenção do contágio pelo Corona Vírus.
Entre as novas normas está a autorização de reabertura do Mercado Municipal.
Esta é a íntegra do artigo 3º: “Autoriza-se o retorno do funcionamento do mercado municipal a partir do dia 07 de Abril de 2020, restringindo-se a presença de feirantes e comerciantes residentes em Pilão Arcado-BA, mantendo, contudo, o distanciamento mínimo de 2 metros entre barracas e pontos de comercialização devendo-se obedecer a distância entre as pessoas e as recomendações de prevenção, higienização dos ambientes evitando aglomerações afim de atenuar o contato entre as pessoas e a disseminação da doença”
A medida, por si só, temerária, já que controlar distância entre as pessoas e as barracas nos caminhos do mercado é praticamente impossível, se soma a uma determinação que o prefeito fez questão de não cumprir: higienização dos ambientes.
O Mercado, e os cuidados com a limpeza e o descarte de mercadorias imprestáveis, já habitualmente colocado em segundo plano pelo gestor, depois destes dias fechado, está imundo. Banheiros imundos, sujeira por todos os locais, restos de alimentos e mercadorias, embalagens e lixo amontoado.
O ex-vereador Leonildo Teixeira, ressalta a falta de cuidado com o equipamento público, “que não vem de agora” e questiona que segurança oferece aos usuários diante da pandemia.
Deilda Barros, comerciante, proprietária de um hotel, que obrigatoriamente tem de ir ao Mercado Municipal praticamente todos os dias, se confessa “horrorizada” com a “falta de responsabilidade” do prefeito com os cidadãos de Pilão Arcado: “Ele se sente a salvo dos riscos e pouco se importa com a situação de quem tem de ir ao Mercado, para vender ou para comprar. É preciso ver para crer a situação de abandono e sujeira”.
Tentamos contato com a Secretaria de Saúde do município e com o próprio prefeito sem resultado.
Por Manoel Leão
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