As dúvidas são muitas neste momento, mas as orientações do Ministério da Saúde (MS) são claras. 90% dos casos podem e devem ser atendidos/acompanhados na atenção básica, ou seja, posto de saúde (UBS), isso porque, a grande maioria das pessoas apresentam sintomas leves e podem ser atendidas nesse nível de atenção primária.
O Ministério orienta que a população deve procurar este serviço apenas quando apresentar sintomas iniciais, como febre baixa, dor de garganta, coriza, que venham de regiões onde há transmissão comunitária do vírus, ou tenham tido contato com pessoas confirmadas ou suspeitas.
Os casos suspeitos serão notificados, testados e acompanhados em isolamento/quarentena domiciliar, quando necessário. As redes de emergência (como hospitais, UPAs e prontos-socorros) devem ser reservadas para os casos mais graves de saúde ou para as pessoas pertencentes aos grupos de risco, que são as pessoas com idade a partir de 60 anos e os portadores de doenças crônicas graves e imunodeprimidos, como pacientes que passam por quimioterapia.
Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o isolamento domiciliar do paciente, em qualquer cidade do país hoje, é o mais recomendado. "Levar essas pessoas [infectadas] para dentro de um ambiente hospitalar, somente quando apresentam quadro respiratório grave. E não levar pessoas que estão com um resfriado, um quadro com bom estado geral, se alimentando, conversando, com febre baixa, que pode usar um antitérmico. Se houver piora no quadro clínico, aí sim ele é levado para um ambiente hospitalar", frisou em discurso à imprensa.
"É de extrema importância que as pessoas entendem esse fluxo. Ou seja, assimilem que a porta de entrada para tosse e febre é o posto de saúde. Caso contrário não haverá sistema de saúde que aguente ou dê conta da demanda. É uma questão de bom-senso, de empatia, de compreender que superlotar os hospitais e unidades de urgência e emergência vão devastar o Sistema de Saúde do país. Então, a dica é procurar os serviços de saúde somente quando estritamente necessário", ressalta a coordenadora geral da UPA 24h de Petrolina, Grazziela Franklin.
Em tempo, a gestora destaca que os profissionais da unidade foram treinados, estão prontos e seguros para atender à população de Petrolina. "A unidade de referência hospitalar para o coronavírus na cidade é o Hospital Universitário, mas nós estamos preparados para dar o suporte que cabe às UPAs, que é o de prestar o primeiro atendimento aos casos que requerem uma atenção intermediária à saúde", reforça.
Grazziela ainda pede que a população tenha tranquilidade e tome as medidas de precaução necessárias. "Quem puder ficar em casa, fique. Não esqueça de lavar bem as mãos com água e sabão, utilizar o álcool 70% sempre que necessário, utilizar lenço descartável ao tossis ou espirrar [descartando em seguida], evitar tocar olhos, nariz e boca, e de não compartilhar objetos pessoais", finaliza.
Anna Monteiro-Ascom HDM/IMIP
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