O Ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias estadual e municipal de São Paulo, confirmou nesta quarta-feira (4) o terceiro caso de coronavírus no Brasil. O terceiro paciente é uma criança que viajou para a Itália e também mora na capital paulista, assim como os dois primeiros casos confirmados.
O exame que confirmou o Covid-19 foi feito no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. Em nota, o ministério e as pastas afirmam que o caso é importado, ou seja, veio de fora do Brasil.
Segundo o infectologista David Uip, que coordena o Centro de Contingência, a criança está em casa e com poucos sintomas. Além dessa confirmação, investigam um quarto caso possível confirmado de coronavírus na capital paulista. Exames de contraprova estão sendo realizados para confirmar a amostra do possível caso. Em São Paulo, o Instituto Adolfo Lutz é responsável pelos exames de contraprova.
O último balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde aponta 130 casos suspeitos da doença no estado de São Paulo e duas confirmações, ambas de pacientes com histórico de viagens à Itália. Os dados totais atualizados ainda não foram divulgados nesta quarta-feira.
Mesmo com a segunda confirmação, não houve mudança da situação nacional, pois não existem evidências de circulação sustentada do vírus em território brasileiro.
Segundo a metodologia da Secretaria Estadual de Saúde, para um caso ser considerado suspeito é necessário que o paciente tenha apresentado, além dos sintomas, histórico de viagem ou contato com caso suspeito.
Dois primeiros casos
No último sábado (29), a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e o Ministério da Saúde confirmaram o segundo caso de coronavírus no estado. Trata-se de um homem de 32 anos que reside em São Paulo e que chegou de Milão, na Itália, na quinta-feira (27).
O primeiro caso foi confirmado na quarta-feira (26). Trata-se de um homem que também reside em São Paulo e possui 61 anos. Ele retornou de Turim, no norte da Itália, na sexta-feira (21).
Paulo Menezes, coordenador do comitê de operações emergenciais (COE) da Secretaria Estadual de Saúde afirmou na terça-feira (3) que os pacientes continuam em quarentena domiciliar.
"Os dois confirmados estão evoluindo bem clinicamente, mas ainda têm alguns sintomas que fazem com que eles continuem em isolamento domiciliar", disse em coletiva de imprensa.
O número de pessoas que tiveram contato com o segundo caso confirmado não foi divulgado pela secretaria. No primeiro caso confirmado, eram 34 pessoas, entre passageiros do voo e familiares do paciente.
“Existem contactantes [do segundo caso], eles estão sendo monitorados, mas a gente não está divulgando mais números de contactantes por conta da privacidade das pessoas”, disse Menezes.
G1
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