A Prefeitura de Juazeiro, por meio da Secretaria de Saúde (SESAU) e da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (SEDES) promoveu, nesta segunda-feira, (17), uma capacitação com orientações para preenchimento de fichas de notificação e investigação de violência interpessoal.
O treinamento, que aconteceu no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), teve como objetivo preparar educadores sociais, psicólogos e demais profissionais da área de assistência para o reconhecimento e registro correto dessas violências.
Foram abordados assuntos relacionados aos dados de violência no município de acordo com faixa etária, gênero e tipologia, além de serem repassadas orientações sobre o preenchimento completo das fichas de notificação. A enfermeira Imna Ferrari, que ministrou a atividade, alerta para a necessidade de coletar informações e reverter o quadro de subnotificação desses casos. “Dessa forma, é primordial sensibilizar os profissionais que estão diretamente ligados ao trabalho de assistência às populações vulneráveis”, afirma.
Segundo o diretor de Vigilância em Saúde de Juazeiro, Klynger Farias, o público-alvo para registro de violência são os grupos em situação de vulnerabilidade social. “Crianças, mulheres, idosos, indígenas, população LGBT e pessoas com deficiência vítimas de agressão, autoprovocada ou não, deverão ser notificadas”, explica. Tais notificações também servem para identificar casos de trabalho infantil. De acordo com a Lei Nº 8.069 da Constituição Federal são consideradas vítimas desse crime crianças e adolescentes de até 16 anos, salvo na condição de jovem aprendiz a partir dos 14 anos.
Klynger Farias explica também que os dados coletados através dessas fichas podem auxiliar na implantação de políticas públicas voltadas para essas populações. E conta, ainda, que esta é uma das atividades obrigatórias para obtenção do selo UNICEF. “O município está concorrendo hoje a este selo e uma das condicionalidades é, justamente, a capacitação adequada de nossos profissionais para o preenchimento da ficha de violência e o conhecimento desse agravo”.
Ascom PMJ
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