AUMENTa NÚMERO DE MORTOS EM MINAS GERAIS E PREVISÃO É MAIS CHUVAS E TROVOADAS

Um homem de 45 anos, morador de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, morreu, quando sua casa desabou devido à força das chuvas que atingem parte da região sudeste desde o último dia 17. Só em Minas Gerais já foram registradas 53 mortes em decorrência dos efeitos das chuvas.

Segundo a prefeitura de Nova Lima, o homem cujo nome não foi divulgado morava no bairro Chácara dos Cristais. No momento em que sua casa ruiu, chovia muito em toda a cidade, o que causou alagamentos e deslizamentos de terras em vários pontos da cidade. Atingida pelas águas, a Unidade Básica de Saúde do bairro Cascalho permanecerá fechada até a conclusão da limpeza e reparos necessários. Até as 10h30 de hoje (29), trechos das rodovias estaduais AMG-160 e MG-030 próximos ao município estavam interditados devido a deslizamentos de encostas.

Nas redes sociais, o prefeito de Nova Lima, Vitor Penido, comentou que, desde a última quinta-feira (23), a cidade passa por “momentos bastante difíceis”. “Com certeza, nos últimos 50 anos, nunca teve tanta água jogada sobre o nosso solo”, disse Penido, poucas horas antes da primeira morte registrada no município. O prefeito aproveitou para pedir a ajuda dos cidadãos. “Tem previsão de chuva para hoje [ontem] e amanhã [hoje]. Peço que a população nos ajude e, qualquer coisa, entre em contato com a Defesa Civil ou até mesmo com o nosso gabinete. E que não jogue saco de lixos nas ruas fora do horário de coleta, porque este é um dos motivos para as bocas de lobo ficarem entupidas, acabando por provocar enchentes em alguns lugares”.

No estado, os primeiros óbitos ocorreram entre os dias 23 e 24 últimos. Ou seja, há apenas sete dias, no máximo. O que significa uma média diária de 7,5 óbitos causados por deslizamentos de terra; desmoronamento de construções; alagamentos; transbordamento de rios e quedas de árvores. Este número, no entanto, já pode ser maior, pois há duas pessoas desaparecidas, uma em Conselheiro Lafaiete, outra em Tabuleiro.

De acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil estadual às 10 horas de hoje, o maior número de vítimas fatais foi registrado em Belo Horizonte, onde o total de mortos já chega a 13. Em seguida vem Betim (6); Ibirité e Luisburgo (5, em cada). Quarenta e duas pessoas morreram soterradas e 11 afogadas ou por outras causas, após serem arrastadas pelas águas.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que, hoje, o céu continuará nublado, com chances de pancadas de chuva e trovoadas em boa parte de Minas Gerais. A Zona de Convergência do Atlântico Sul, fenômeno que está favorecendo as condições para a ocorrência de temporais no estado começa a perder força. Por isso, é esperado chuvas menos intensas, a começar pelas regiões Norte e Leste de Minas – embora a precipitação possa se intensificar nas regiões Oeste e Sul.

As Defesas Civis pedem que, em caso de chuvas fortes, as pessoas que moram em áreas propensas a alagamentos deixem suas casas e procurem um lugar seguro. Além disso, as pessoas em geral devem evitar transitar ou encostar carros próximos a encostas; monitorar permanentemente as construções erguidas em ou perto de encostas, ficando atentas ao surgimento de trincas ou rachaduras e evitar movimentar a terra durante o período em que o solo estiver encharcado. Além disso, é possível pedir ajuda à Defesa Civil em caso de dúvidas ou de perigo iminente.

Agencia Brasil