Janeiro também é o mês de combate à hanseníase, e a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina junto com o Hospital Dom Malan, ambos geridos pelo IMIP, estão engajados nessa luta.
A doença ainda é bastante prevalente e apesar das estratégias globais de combate à hanseníase os números ainda são alarmantes. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, em 2019 foram registrados 2.325 casos novos de hanseníase no estado, e no ano anterior 2.263.
Muito dessa problemática é atribuída às condições socioeconômicas e ambientais da população mais carente, aliadas à falta de informação. Fora isso, a ausência de um diagnóstico precoce e o difícil acesso das pessoas à saúde dificultam o tratamento e a avaliação dos contactantes do paciente infectado, que tornam-se novos transmissores.
Uma maneira fácil de descobrir se uma comunidade está infectada é através da presença de crianças doentes, pois isso significa que a hanseníase está em atividade. Nesta situação específica têm-se um (ou mais) adulto doente sem tratamento transmitindo a doença. Os pequenos não transmitem porque a quantidade de bacilo que reproduzem é pequena.
A hanseníase é uma doença traiçoeira, que chega sem alardear e se instala no corpo com lentidão, podendo deixar sequelas emocionais, além de físicas. Por isso, as pessoas devem procurar o serviço de saúde ao primeiro sinal de aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se a área apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque.
Diagnóstico e tratamento:
O diagnóstico, em geral, é feito nos postos de saúde. O tratamento é todo normatizado a nível mundial e, em geral, dura um ano com medicamentos específicos. Ele é todo realizado com medicação oral, fornecida pelo Ministério da Saúde, de forma gratuita. Após iniciado, o paciente para de transmitir a doença quase que imediatamente.
Campanha: O Janeiro Roxo foi oficializado em 2016 pelo Ministério da Saúde, que consolidou a cor roxa para as campanhas educativas sobre a doença. Nesta época do ano, a Sociedade Brasileira de Hanseniologia (SBH) pede o esforço nacional dos formadores de opinião e instituições para que divulguem a campanha e informações, além de adotarem o laço roxo como sinal de alerta.
As datas magnas acontecem no próximo dia 29 (Dia Internacional do Hanseniano) e dia 31 (Dia Nacional de Enfrentamento e Prevenção da Hanseníase).
Ascom HDM
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