Está sendo divulgado quase que diariamente na mídia o aumento do número de acidentes envolvendo escorpiões agora no verão, especialmente em Pernambuco. Então, para tirar as dúvidas da população, a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada e o Hospital Dom Malan, ambos geridos pelo IMIP em Petrolina, prestam alguns esclarecimentos e dão algumas dicas.
Em primeiro lugar, a coordenadora médica da UPAE, Bruna Spíndola, explica que em geral os acidentes acontecem com o escorpião do tipo amarelo, menos venenoso. "Este é o tipo mais prevalente em nossa região. Então, os sintomas costumam ser menos graves, principalmente em adultos", esclarece.
Diante de um acidente, a médica explica que é importante manter a calma, lavar o local com sabão e água corrente e direcionar a vítima para um serviço de urgência e emergência, que neste caso pode ser a UPA 24h de Petrolina.
"Atendemos exclusivamente adultos e atuamos na sintomatologia, ou seja, em medidas de conforto para os sintomas como edema, vermelhidão, dor local e sudorese, que são de curta duração", ressalta.
Casos mais graves com indicação de infusão de soro são direcionados para outras referências na rede. "Como não somos a referência nesse tipo de acidente, não dispomos do soro antiescorpiônico em nossa unidade", acrescenta.
Com relação às crianças a referência passa a ser o Hospital Dom Malan. "No HDM nós dispomos do soro antiescorpiônico, mas ele só é utilizado sob prescrição médica. Ou seja, é a equipe que avalia a necessidade da infusão. Muitas vezes, os casos são tratados com foco nos sintomas, como no adulto", informa a enfermeira gerente da sala de vacina, Tâmara Barreto.
De acordo com a profissional é importante manter o local limpo e virado para cima. Não estourar possíveis bolhas, nem fazer compressas. Depois de higienizar a ferida, os pais ou responsáveis devem procurar o serviço de saúde imediatamente para avaliação.
A UPAE e o HDM reforçam algumas dicas para evitar acidentes: mantenha o quintal e jardins limpos; evite o acúmulo de lixo e entulho; procure não deixar as crianças andarem descalças, ou colocar a mão na terra, em buracos ou frestas; e por último, inspecione roupas e calçados antes do uso.
Anna Monteiro-Ascom HDM/IMIP
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