No impeachment de Fernando Collor, a peça chave foi o motorista Eriberto. Ele apareceu em uma reportagem da IstoÉ. Em seguida foi escondido por um jornalista em seu sítio, porque sabia-se que era personagem chave. Foi central no impeachment.
Os Organizações Globo cometeram seu segundo grande erro de cobertura, fruto do descuido com a própria força. O primeiro, foi a tentativa de derrubar Michel Temer no episódio JBS. O segundo, agora, em cima de uma cobertura descuidada. Fiaram-se no inquérito que lhes foi vazado parcialmente. E não cuidaram sequer de checar os fatos com o próprio porteiro, e demais porteiros e moradores do condomínio de Bolsonaro.
É o vício do jornalismo prato pronto, herdado da Lava Jato, que transformou a imprensa em mera publicadora de releases. Agora, é tratar de ressuscitar o morto, o jornalismo.
Tem-se um ponto central de raciocínio.
Na visita de Élcio Queiroz ao condomínio, o porteiro colocou o número da casa de Bolsonaro na planilha antes de acontecer o assassinato de Marielle.
Há duas explicações para o cochilo de ter confundido as casas de Bolsonaro e de Ronnie Lessa, o suposto assassino. Ou as reuniões foram programadas em conjunto. Ou havia um mesmo grupos de pessoas que visitava ambas as casas. O caminho correto da reportagem deveria ter sido a de ouvir não apenas o porteiro, mas outros porteiros e moradores do prédio.
Aí, saberiam dos seguintes fatos, que me foram passados por fonte fidedigna, com acesso ao condomínio.
O condomínio abriu mão de interfones, por ser caro e por problemas de instalação. Optou-se por telefonar ou para o celular ou para o telefone fixo de cada proprietário.
No caso de Bolsonaro, as ligações são para o próprio celular de Bolsonaro. E é ele quem atende. O que significa que a versão do porteiro não era descabida. Ou seja, o fato de estar em Brasilia não o impedia de atender o telefone.
Carlos Bolsonaro, o Carluxo, também recebe os recados pelo celular. Em geral, fica pouco no condomínio, pois prefere permanece em seu apartamento na zona sul. Mas porteiros ouvidos por moradores sustentam que, naquele dia, ele estava no condomínio.
O porteiro do depoimento está de férias. Mas moradores do condomínio foram, por conta própria, conversar com os demais porteiros. E eles garantiram que a ligação foi feita para Bolsonaro mesmo.
O sistema eletrônico diz que a ligação foi para Ronnie Lessa. Tem que se buscar as razões para esse desencontro. O porteiro pode ter ligado para Bolsonaro, que lhe disse para ligar diretamente para Ronnie Lessa, por exemplo. O próprio Elcio Queiroz pode ter corrigido o porteiro.
Agora, uma reportagem mal feita colocou porteiro e porteiros à mercê de Sérgio Moro e Augusto Aras, que se transformaram no grande braço de Jair Bolsonaro
Há tempo de se tentar salvar a reportagem.
Luiz Nassif Jornal GGN
5 comentários
01 de Nov / 2019 às 06h39
Esses jornalista brasileiro se acham os Deuses da verdade, Miriam Leitão era guerrilheira com Dilma, José Dirceu e hoje que santa, e negócio é que acabou a farra com dinheiro para dar boa vinda essa elite que vivem da miséria da nossa nação o povo acordou esse o primeiro poder e não de jornalista que só lasca imagem do Brasil para subir os preços das moedas como Euro e dólar, e querer brincar com inteligência dos Brasileiros.
01 de Nov / 2019 às 07h19
Bolsonaro vai Culpa o porteiro. Bolsonaro não vale o que o gato enterra
01 de Nov / 2019 às 07h28
Por 20 dias, todos guardaram o segredo do porteiro. Dias Toffoli seguia sua rotina de manter Lula preso. Aras, ninguém nem achava que ele já estivesse em atividades na PGR. De 09 a 29 de outubro, todos já sabiam, com exclusividade, que o porteiro do condomínio tinha afirmado que, no dia do crime, um dos assassinos entrou no condomínio do então deputado federal, se passando por visita de Bolsonaro. Quando a polícia civil pegou o depoimento do porteiro pela segunda vez, o MP-RJ fez duas ações importantes: contou pra Witzel o que estava acontecendo e mandou parar as investigações,
01 de Nov / 2019 às 07h47
Onde está Moro diante do “volta AI-5”?, questiona Fernando Brito "É este o varão da República que tornará o Brasil honesto e democrático? Sergio Moro é uma vergonha para as tradições jurídicas do Brasil", aponta o editor do Tijolaço 1 de novembro de 2019, 06:30 h Ministro da Justiça, Sérgio Moro Ministro da Justiça, Sérgio Moro (Foto: Pedro França/Agência Senado) Por Fernando Brito, editor do Tijolaço – É estrondoso o silêncio de Sergio Moro sobre a declaração do filho presidencial de que poderia haver uma volta do AI-5 se houvesse radicalização política no Brasil.
01 de Nov / 2019 às 19h17
ARMAÇÃO FAJUTA CONTRA O CAPITÃO,NÃO COLOU.PATIFARIA EXPLICITA DA GLOBO.PERGUNTE AOS HOMENS DE BEM SOBRE O AI-5,VOCES SE SURPREENDERÃO COM O QUE OUVIRÃO !