Artigo - A Independência inacabada

Em 1822, diante da iminente proclamação de independência, numa jogada de Mestre, a Corte portuguesa retornou a Portugal e deixou aqui Dom Pedro I, na condição de Príncipe Regente, para se colocar como Defensor da Pátria brasileira e assumir a liderança e Governo da Nação. Assim planejaram e assim o foi. Com o forjado "Grito do Ipiranga", a tal "Independência ou Morte" de Dom Pedro nos manteve submissos a Portugal e ainda nos fez pagar uma fortuna como uma indenização pela nossa independência. 

A Inglaterra, então potência mundial, negociou isso e nos impôs, nos emprestando 2 milhões de libras esterlinas. Isso nos deixou endividados, presos e dependentes do Império Britânico, este o nosso primeiro credor internacional, pós-Independência.

Em 2022 completaremos o Bicentenário desta independência e, até hoje, embora donos de grande parte das riquezas minerais e produção agrícola do mundo, e com uma das maiores populações da Terra, seguimos subdesenvolvidos com uma estranha dependência do Capital estrangeiro, algo construído, ininterruptamente, nos últimos 200 anos de Brasil.

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Outrora não éramos Nação livre. Hoje somos Nação subserviente às múltiplas formas de exploração das Nações ricas que nos exploram. Desde a China comunista aos EUA, Europa  e outros mais ricos. Na prática todos economicamente capitalistas. O mundo corporativo está dominando os países, se sobrepondo às ideologias e filosofias políticas, pela imposição pragmática do lucro como regra e fim, a despeito do que isso signifique em empobrecimento para um Povo e toda uma Nação.

É hora de um novo Grito de Liberdade e de uma nova Proclamação de Independência Nacional. Isso perpassa pelos Municípios com sua capacidade de produção de riquezas e mobilização popular. É hora do Brasil bradar sua liberdade e se impor pela defesa e valorização de suas riquezas - ambientais, minerais, agropecuárias e outras. É hora de um novo grito!

Pastor Teobaldo