A morte de abelhas está preocupando criadores e agricultores do Vale do Rio São Francisco, em Pernambuco. A região é uma das principais produtoras e exportadoras de frutas do país e o inseto tem papel fundamental na atividade. Segundo a Associação dos Criadores de Petrolina, há 3 anos os 32 associados conseguiam extrair mais de 30 toneladas de mel por ano. Atualmente, a produção não chega a 20 toneladas.
A preocupação com o sumiço dos insetos foi trazida também para o Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna). Os pesquisadores estão tentando descobrir o que pode estar provocando essas mortes. O estudo está sob a responsabilidade da pesquisadora Aline Andrade e Silva, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Foram coletadas abelhas mortas e também mel de diversas colônias da região.
"Várias coisas podem estar acontecendo, pode ser mudança climática, pode ser em função da supressão da vegetação, e pode ser também o uso de agroquímicos, o uso de pesticidas", explica. "Nós encontramos resíduos de pesticidas tanto nas abelhas, quanto encontramos resíduos no mel. Nós ainda não sabemos qual a amplitude e concentração deste resíduo, deste pesticida em mel, só sabemos dizer que ele está presente", continua Aline.
A pesquisadora acredita que está na hora de produtores rurais e criadores de abelha discutirem a questão para minimizar os prejuízos com a morte dos insetos. Petrolina é um importante município produtor e exportador de frutas. E os agricultores sabem que sem abelhas não tem produção. Elas são responsáveis pela polinização de 80% dos frutos que saem da região.
“Se não tiver abelha para polinizar, só o agrotóxico não resolve. A gente tem que ter abelha”, afirma o agricultor Henrique Hugo Alves da Silva. Segundo a equipe técnica do Cemafauna, um relatório conclusivo sobre o caso deve ser divulgado até o fim do ano. Até lá, de acordo com a promotora responsável pelo caso, reuniões com produtores rurais do Vale de São Francisco devem ser realizadas.
O objetivo é estabelecer trabalhos educativos para minimizar as mortes e o impacto delas na produção de fruticultura local, que é de grande importância econômica para a região. “Com o andar das pesquisas e do processo, entenderemos quais as melhores medidas que o MPPE pode tomar a respeito”, comentou a promotora.
G1 Petrolina
5 comentários
19 de Aug / 2019 às 20h05
Uma frase famosa de Einstein, muito lembrada ultimamente: “Se as abelhas desaparecerem da face da terra, a humanidade terá poucos anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais não haverá raça humana”.
19 de Aug / 2019 às 21h19
Perguntem ao bozo e a sua sinistra da agricultura que eles sabem porque as abelhas estão morrendo
19 de Aug / 2019 às 21h57
A Monsanto está aí espalhando morte por onde passa. Inoculando doenças de toda variedade no humano. E cumprindo o que está esculpido nas Cartas(Pedras) da Geórgia. Redução da população mundial a 500 milhões apenas. Acorda gado!!!!!
20 de Aug / 2019 às 08h27
Isso se deve ao absurdo uso discriminado dos agrotóxicos, não é brincadeira, se já estava difícil, imagina agora com esse louco desgovernado o País. ele quer acabar com tudo. Deus tenha de misericórdia de nós.
21 de Aug / 2019 às 11h45
No governo do PT as abelhas não morriam. kkkkkk