A Secretaria de Educação e Juventude – SEDUC, através do Núcleo de Atendimento Psicossocial – NAPSI, oferece semanalmente (quintas-feiras) os cursos de Libras e Braille para os professores de Atendimento Educacional Especializado – AEE, da rede municipal de ensino de Juazeiro.
A brailista e formadora, Jumaria Monteiro explicou que durante o curso é trabalhado o sistema braille, que é de escrita tátil, utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. “Dentro do sistema nós estudamos toda especificidade relacionada ao código, como alfabeto, números e todas as convenções criadas para a leitura e escrita. O curso tem contribuído para o trabalho que é desenvolvido em sala de aula beneficiando a aprendizagem dos alunos da rede”, destacou.
Os professores aprendem o sistema braille e também a história do seu criador, Louis Braille, que em 1824, desenvolveu aos 15 anos um código para o alfabeto francês em uma melhoria para a escrita noturna. Braille perdeu a visão em um acidente na infância. De acordo com a gerente do NAPSI, Luzinete Helena, o objetivo da SEDUC é reforçar o trabalho de inclusão de todos os alunos com deficiências visuais que já é realizado nas escolas do município. “Com os profissionais capacitados vamos garantir aos alunos maior independência na escrita, na leitura e, consequentemente, maior facilidade de comunicação e de socialização”, pontuou.
A rede municipal atende 21 alunos com baixa visão e 02 cegos. Os estudantes são acompanhados através do Atendimento Educacional Especializado (AEE) que conta com professores, auxiliares e uma equipe de profissionais multidisciplinar.
A secretária da SEDUC, Lucinete Alves, disse que desde 2009, a Prefeitura de Juazeiro iniciou um trabalho de fortalecimento da Educação Inclusiva e já conseguiu muitos avanços. “Atualmente atendemos mais de 600 alunos com deficiência na rede, e oferecemos uma estrutura de 44 salas de recursos, 150 profissionais especializados, com professores de AEE, intérpretes, instrutores, brailistas, professor de apoio, auxiliares de AEE, assistente social, psicóloga e a gerência do NAPSI”, ressaltou.
Os profissionais da Educação Inclusiva da rede trabalham diretamente com os alunos autistas, com deficiência física, síndrome de down, surdez, deficiência intelectual, cegos, baixa visão e com deficiência múltipla, em 82 escolas e em 22 creches (EMEI) municipais da sede e interior do município.
Emanuelle Lustosa/SEDUC
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