A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) teve a energia elétrica cortada hoje (16) por falta de pagamento, de acordo com a assessoria de imprensa da instituição. Segundo a assessoria da universidade, a instituição foi surpreendida porque estava negociando com a Energisa, empresa responsável pela distribuição de energia no estado. Uma reunião estava agendada para quinta-feira (18), de acordo com a UFMT. Os cinco campi estão sem luz: Cuiabá, Rondonópolis, Barra do Garças, Pontal do Araguaia e Sinop.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) informou que o ministro Abraham Weintraub adotará medidas emergenciais para a "religação imediata" da energia elétrica na universidade. "O ministro irá ainda tomar as medidas cabíveis tanto administrativas como judiciais para a responsabilização dos envolvidos pela má gestão na UFMT", diz nota divulgada pela Assessoria de Comunicação Social do MEC.
Segundo o texto, ao tomar conhecimento da situação na última quinta-feira (11), Weintraub chamou a reitora Myrian Serra ao ministério e autorizou o repasse de R$ 4,5 milhões para que a reitoria da UFMT, nomeada há três anos, quitasse a dívida das contas de luz. "Os valores, herdados no governo anterior, correspondem ao montante de R$ 1,8 milhão. A liberação do limite de empenho foi realizada na sexta-feira da semana passada com o compromisso da reitora para o pagamento imediato da referida dívida", diz a nota.
A reitora da UFMT, que cumpria agenda em Sinop, está retornando para a capital. As negociações estão sendo feitas, no momento, pelo vice-reitor, Evandro Aparecido Soares.
A universidade tem hoje 26.938 estudantes na graduação e 2.446 na pós-graduação. Ao todo, são 106 cursos presenciais e oito a distância na graduação, além de 66 programas de mestrado e doutorado.
Este ano, o MEC contingenciou, em média, 29,74% do orçamento discricionário das universidades federais. Esses recursos, segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, são usados principalmente para o pagamento de energia elétrica e vigilância.
De acordo com a pasta, o contingenciamento pode ser revertido e não gera impacto imediatamente uma vez que as instituições ainda dispõem da maior parte dos recursos previstos para o ano.
Amanhã (17), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, apresentará o programa Future-se, que pretende, segundo a pasta, modernizar o funcionamento das universidades federais. A adesão das instituições será voluntária.
Agencia Brasil
3 comentários
16 de Jul / 2019 às 18h13
São seis contas atrasadas. Bolsonaro não tem nada com isso. Troca o administrador.
16 de Jul / 2019 às 19h07
Culpa de Bosonaro e Moru e Temir
17 de Jul / 2019 às 08h21
O grande problema relacionado as Instituições de Ensino esta na má gestão, melhor na ausência de gestão, também aliado aos maus assessores incompetentes que atrapalha mais do que ajuda, tudo isso aliado ao protecionismo desmedido.