Um favorito sob desconfiança. Jogando em casa, mas sem o mesmo público maciço nas arquibancadas como em épocas passadas. Com atletas em alta, como Alisson e Roberto Firmino. Em compensação, lidando com a ausência do seu maior craque, Neymar.
Um Brasil bipolar, entre a chance de reconquistar a confiança da torcida após a frustração na Copa do Mundo 2018, porém também com o risco de sofrer mais um revés que pode aumentar a pressão em cima do técnico Tite. É assim que a Seleção entra em campo hoje, diante da Bolívia, às 21h30, no Morumbi, pelo Grupo A, na estreia da Copa América 2019.
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, garantiu que Tite comandará a Seleção na Copa de Mundo de 2022, no Catar. Independente do resultado no torneio continental. Mas isso não significa que a cobrança do treinador está leve.
A começar pela convocação, ao deixar fora nomes que brilharam na temporada, como Fabinho (Liverpool) e Lucas (Tottenham), ambos finalistas da Liga dos Campeões da Europa. Até mesmo a vinda de Willian na vaga de Neymar, cortado por lesão, desagradou parte da torcida. As vitórias diante de Catar e Honduras, essa última com uma sonora goleada por 7x0, ajudaram a melhorar o ambiente, mas a pressão pelo título segue a mesma.
Com relação ao time, a única dúvida está no meio-campo. O meia Arthur teve um trauma no joelho direito e dificilmente entrará em campo - o jogador fez apenas trabalhos físicos durante a semana. Fernandinho e Allan podem herdar a vaga do atleta do Barcelona, fechando o setor com Casemiro e Philippe Coutinho. Na vaga de Neymar, David Neres deve ser o escolhido para começar jogando pelos lados, assim como Richarlison. A defesa será formada por Alisson, Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Filipe Luís.
No posto de centroavante, a indefinição está na situação do atacante Gabriel Jesus, que vive um cenário diferente de 2018. No ano passado, o atleta era titular absoluto de Tite e foi presença fixa na equipe durante toda a Copa, mesmo com Roberto Firmino, então reserva, vivendo melhor momento. Em 2019, Jesus deu indícios que está retomando sua melhor forma, mas é ele quem hoje ocupa o espaço de suplente. O atleta do Manchester City, todavia, foi bem nos testes preparatórios e se tornou uma sombra o companheiro de posição.
O Brasil não conquista a Copa América desde 2007. Além da Bolívia, a equpipe verde-amarela enfrentará Venezuela e Peru na primeira fase.
Rádio Jornal Recife Pernambuco
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