Música, dança e manifestações culturais populares: foi assim que se encerrou a programação da sexta edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA). A noite cultural aconteceu na última sexta-feira (03), no espaço Canto de Tudo da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro, e reuniu estudantes, docentes e a comunidade externa.
Iniciado com um sarau poético, o evento contou com a participação de artistas como Paulo Soares, DJs Analu e Django Vibes, apresentações de dança e roda de Capoeira Angola em sua programação. O músico juazeirense Fatel também se apresentou na cultural. "Além da importância política e de ser um local de debate, a importância desse espaço se dá por permitir que nós artistas possamos alimentar o espírito de militância nas pessoas", declara Fatel, cujo repertório da noite centrou-se nas questões sociais.
Durante o evento, o estudante e membro da comissão organizadora da JURA, Angelo Carvalho, ressaltou o papel da diversidade das formas de luta e como a arte se insere nesse processo. "Entendemos a universidade enquanto território conquistado, por isso que, mesmo em contexto de greve, mostramos que esse local não se esvazia e que estamos aqui debatendo, sobretudo, cultura.", declara, referindo-se à greve docente deflagrada no dia 4 de abril em Assembleia e que continua por tempo indeterminado.
Dentre as razões para a paralisação, estão o contingenciamento da verba destinada para o investimento e manutenção das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). No ano passado, apenas 4,45% da Receita Líquida dos Impostos (RLI) chegaram às UEBA, o menor percentual desde 2015. Além disso, a categoria vem sofrendo ataques à carreira e arrocho salarial há alguns anos.
A Jornada aconteceu durante o mês de abril e início de maio, com mesas redondas e debates relacionados à reforma agrária, violência no campo, comunidades tradicionais e precarização da educação pública. O evento também marca os 23 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, em que 19 trabalhadores Sem Terra foram assassinados no Sul do Pará, no dia 17 de abril de 1983.
Comunicação/JURA
4 comentários
06 de May / 2019 às 19h03
A uneb é uma piada, eles fecham as portas para as aulas e abrem para os eventos de esquerda e ainda não querem que cortem os gastos das universidades, nesse caso o corte é poético, é o próprio pelego da esquerda que os professores fizeram campanha por ele que cortou as verbas e eles continuam formando militantes mesmo fazendo greve educacional
06 de May / 2019 às 19h22
TODOS SABEM A BURGUESIA DOS PROFESSORES DA UNEB. CHEGA A CAUSAR HORROR SEUS METIDINHOS. NÃO APROVO A GREVE.
06 de May / 2019 às 19h23
O que esses professores fazem a favor de LulaLivre? Nada. São uns come e cormes que durman.
06 de May / 2019 às 19h26
TÁ E DEVAGAR..ABAAIXO ESSES CARA QUE GANHAM MUITO NÃO FAXEM NADA....