O desemprego voltou a subir no primeiro trimestre do ano, para 12,7% e atingiu 13,4 milhões de pessoas. Os dados da pesquisa Pnad Contínua, que considera tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal, foram divulgados na manhã desta terça-feira pelo IBGE .
Essa é a maior taxa desde o primeiro trimestre do ano passado, quando ficou em 13,1%. Nos últimos três meses de 2018, que serve como base de comparação, a taxa havia ficado em 11,6%.
O número de desempregados também não era tão grande desde o primeiro trimestre do ano passado, quando 13,6 milhões de pessoas buscavam uma vaga. Em relação aos últimos três meses de 2018, houve acréscimo de 1,2 milhão de pessoas a esse grupo, alta de 10,2%.
Tanto a taxa de subutilização quanto o número de subutilizados são recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012 pelo IBGE. A primeira ficou em 25%, atingindo pela primeira vez mais de 28 milhões de pessoas (28,3 milhões).
Os subutilizados são aqueles trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (têm jornada inferior a 40 horas semanais e estavam disponíveis e gostariam de trabalhar mais), os desempregados, as pessoas que procuraram trabalho mas não estavam disponíveis para trabalhar por alguma razão e aqueles que estavam disponíveis para uma vaga mas não estavam procurando emprego porque haviam desistido da busca, os chamados desalentados.
No primeiro trimestre do ano nenhum setor contratou, de acordo com a pesquisa. A população ocupada ficou estável, em relação ao fim do ano passado, na agricultura, na indústria, no comércio, no transporte, no alojamento, na informação em outros serviços e no serviço doméstico. Caiu na construção (-288 mil trabalhadores) e na administração pública (-332 mil).
O grupo dos empregados foi estimado em 91,9 milhões de pessoas nesses três primeiros meses do ano - menos 873 mil pessoas em relação ao fim do ano passado e alta de 1,6 milhão em relação a um ano antes. O número de empregados com carteira ficou estável nas duas comparações, estimado em 32,9 milhões de trabalhadores. Já o sem carteira no setor privado, 11,1 milhões de pessoas, encolheu em 365 mil pessoas em relação aos três meses anteriores e a um ano antes houve adição de 466 mil trabalhadores.
Se somados todos os trabalhadores sem carteira do país (no setor privado, no trabalho doméstico, no setor público, os conta própria sem CNPJ, empregadores informais e o trabalhador familiar auxiliar), 39,5 milhões de brasileiros ou 43% do total de ocupados estavam na informalidade no primeiro trimestre do ano.
O GLOBO
1 comentário
30 de Apr / 2019 às 17h14
HERANÇA MALDITA DO PT ! E SEM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA SERA DIFICIL,SE NÃO,IMPOSSIVEL, REVERTER ESTE QUADRO.