O Vale do São Francisco será palco da 6 º edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA). O evento, que acontece durante os meses de abril e maio deste ano, apresenta temáticas relacionadas à questão agrária, defesa da Educação Pública e aos Direitos Humanos, além de traçar um elo entre as lutas camponesas, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e sem terra.
Na abertura do evento, que acontece nesta quarta-feira (3), será realizada uma mesa de discussão com a presença do professor Rogério Bispo e do membro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST/BA), Antônio Martins. Na ocasião, será discutida a Questão Agrária e a Regularização fundiária. O momento terá início a partir das 16h, no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da UNEB/Campus III, em Juazeiro.
Além desta data, a programação do evento acontece nos dias 09, 22, 23, 24 e 29 de abril, encerrando as atividades no dia 03 de maio.
No dia 09 de abril, Djacira Araújo, representante do MST e da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (ADUNEB), preside a mesa que tem como tema a “Educação pública: fechamento das escolas do campo e sucateamento das universidades” que acontece no Canto de Tudo do Departamento de Ciências Humanas – DCH/UNEB III, as 16h.
Entre os dias 22 e 24 de abril, no DTCS/UNEB III, acontece uma feira que comercializará alimentos sem agrotóxicos, plantados por pequenos produtores do MST. Já no dia 29 haverá uma discussão, que será mediada por Naiara Santos, que faz parte do MST e Comissão Pastoral da Terra (CPT), sobre violência no campo.
Como forma de celebração e descontração, o MST realizará um evento cultural, as 17h no Canto de tudo – DCH/UNEB III, no dia 03 de maio.
Segundo Julio César Novais, estudante de Engenharia Agronômica e um dos organizadores, o evento é um marco na universidade, e é uma proposta do MST que traz debates do movimento para a universidade.
“Historicamente a universidade foi direcionada para os fazendeiros, filhos de fazendeiros, para quem tem o poder. A concentração da terra no Brasil teve reflexo, na concentração da educação também, tanto é que o acesso a universidade foi possível bem recente. Diante disso o conhecimento produzido na universidade não dá um respaldo para o povo, por isso é muito importante ter espaço para a sociedade civil organizada, trazer suas pautas para serem discutidas dentro da universidade”, disse.
A Programação da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária está bem diversificada e é aberta a toda sociedade. Afinal, “Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem."
Ascom
2 comentários
03 de Apr / 2019 às 11h13
Vem aí a lava jato da educação, e aí...
03 de Apr / 2019 às 12h16
Em nome do ensino, doutrinam estudantes para serem usados como massa de manobra. O legal é ser do contra, mesmo que o lado oposto tenha ideias mais realistas. Os opositores não são adversários, são inimigos políticos.