O advogado Carlos Alexandre Klomfahs requereu à Justiça, em ação popular, que a Presidência da República se abstenha de comemorar o dia 31 de março de 1964. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo no domingo, 24, o presidente Jair Bolsonaro orientou os quartéis a celebrarem a "data histórica", quando um golpe militar derrubou o governo João Goulart e iniciou um regime ditatorial que durou 21 anos. Na ação, o advogado afirma que a orientação de Bolsonaro "não é o interesse público e sim o jogo da classe dominante". "Muda-se o governo prossegue o drama. Há reiterado problema incontornável quanto à violação à moralidade administrativa", afirmou Carlos Klomfahs.
"Pede-se liminarmente que a Presidência da República se abstenha de determinar os efeitos do ato impugnado (comemorar o dia 31 de março no âmbito das Forças Armadas) por violar o princípio constitucional da moralidade e no mérito a procedência dos pedidos da inicial para confirmar a liminar concedida determinando que se abstenha o Poder Executivo de comemorar o 31 de março sob pena de multa diária de R$ 50 mil a ser revertida ao fundo de direitos difusos."
O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, informou nesta segunda-feira, 25, que a inclusão da data na ordem do dia das Forças Armadas, para comemoração dos 55 anos do golpe de 1964, já foi aprovada por Bolsonaro. A participação do presidente nesses eventos, porém, ainda não está confirmada. "O presidente não considera 31 de março de 1964 um golpe militar", disse o porta-voz. Segundo Rêgo Barros, na avaliação de Bolsonaro, sociedade civil e militares, "percebendo o perigo" que o País vivenciava naquele momento, se uniram para "recuperar e recolocar o nosso País no rumo".
"Salvo melhor juízo, se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém", disse o porta-voz. Questionado sobre como serão as comemorações, Rêgo Barros disse que ficará a cargo de cada comando. "Aquilo que os comandantes acharem, dentro das suas respectivas guarnições e dentro do contexto, que devam ser feitas", disse. Não há previsão de que haja qualquer evento no Palácio do Planalto.
Estadão Foto: Arquivo Memorial Direitos Humanos
7 comentários
27 de Mar / 2019 às 07h38
SE FOSSE PARA COMEMORAR A REVOLUÇÃO RUSSA,PODERIA !
27 de Mar / 2019 às 07h49
Tá de brincadeira, os militares fizeram o bem ao Brasil, se tivesse até hoje seriamos país seria do 1º Mundo. Força Capitão Presidente, vai ter homenagem sim! Você é o nosso presidente, a Ptralhada que vá para Venezuela, Brasil, ame ou deixe! Agora é Bolsonaro no poder e vai ter homenagem sim
27 de Mar / 2019 às 12h25
TU AINDA DEFENDE...QUIM SE FOSSE PARA COMEMORAR A
27 de Mar / 2019 às 15h48
Excesso de um suposto patriotismo é um dos traços marcantes da ditadura, esse Fernando, Quim e Erry O justo, beiram o ridículo.
27 de Mar / 2019 às 18h04
MÁRIO DA PIRANGA-PAULO JOSÉ- SE HOJE VOCES ESTÃO AQUI,DEEM GRAÇAS AO MILITARES.VALE DIZER,QUE ATÉ MESMO LULA ELOGIA OS GOVERNOS MILITARES DOS QUAIS ELE FOI COLABORADOR EFETIVO.
27 de Mar / 2019 às 19h49
FICO TRISTE COM ESSES SEGUIDORES DO COISA RUIM, OS VERDADEIROS BATISTAS DA VIDA . VÃO PRA CASA BATISTAS
27 de Mar / 2019 às 19h57
O mais engraçado é que eu tenho uns três vídeos lá no meu facebook do LULA ELOGIANDO os militares... aliás, ele era até o informante delator de seus próprios colegas do sindicato... Isso aqui ninguém conta né?