CNBB lança campanha da fraternidade com tema 'Fraternidade e Políticas Públicas'


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu oficialmente na quarta-feira de cinzas (6), a Campanha da Fraternidade (CF) 2019 com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27). O lançamento aconteceu na sede provisória da entidade em Brasília (DF).

Nesta Campanha, a ser desenvolvida mais intensamente no período da Quaresma, a Igreja Católica buscará chamar a atenção dos cristãos para o tema das políticas públicas, ações e programas desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em prática direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis.

O objetivo é estimular a população a se envolver na formulação de políticas públicas. O texto-base da campanha descreve, por exemplo, as etapas da elaboração de uma nova lei e cita os canais de participação social garantidos na Constituição, como o projeto de lei de iniciativa popular.

Criada em 1962, a campanha é apresentada todo ano na quarta-feira de cinzas, quando tem início a Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, participou da cerimônia de lançamento da campanha. Ela disse que o Ministério Público Federal está em sintonia com o tema. Para Dodge, políticas públicas devem garantir os direitos da população e reduzir as desigualdades.

“As políticas públicas devem resultar na inclusão de todos, com qualidade e contato humanitário. De modo a que ninguém esteja fora de seu alcance de proteção”, disse a procuradora-geral.

De acordo com Dodge, a boa execução de políticas públicas passa diretamente pelo combate à corrupção. Segundo ela, o dinheiro público desviado pela corrupção deixa de ser usado em sua função original, que é atender a população.

“Então zelar para que não haja corrupção é uma forma de zelar para que a arrecadação de impostos não seja tão elevada, mas, sobretudo, é uma forma de zelar para que o dinheiro dos impostos, que deve financiar políticas públicas, seja gasto apenas com elas [políticas públicas], e não para enriquecer ilicitamente os corruptos, os que desviam recursos públicos”, completou Dodge.

Agencia Brasil