Marco Antônio Barbosa**
Segundo dados do Relatório Mundial 2019, divulgados recentemente pela ONG Human Rights Watch, 64 mil homicídios aconteceram no Brasil em 2017. São dois mil a mais que em 2016. Este crescimento não foi freado em 2018, pelo contrário. Os dados já apresentados por Ongs e Instituições mostram que o número de assassinatos segue crescendo a passos largos. O crime, cada vez mais, sai da marginalidade e assola toda a sociedade, sem distinguir classes sociais. Estados pararam nos últimos meses (Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, e por aí vai) na mão de criminosos e a população se vê a mercê desta realidade que bate à porta.
O retrato atual é esse e os noticiários teimam em nos lembrar que o filho morto hoje pode ser o nosso amanhã. Esta sensação de insegurança aumenta a busca por segurança privada. A Pesquisa Nacional sobre Segurança Eletrônica, realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), afirma que houve um crescimento nas residências que investiram em sistemas de segurança nos últimos 12 meses.
Mas quem deve cuidar da segurança dos cidadãos? E quem não tem dinheiro para investir em sistemas? É protegido por quem?
Os sistemas privados de segurança servem para inibir a ação de criminosos, mas não pode ser a única solução. O Estado precisa ser cobrado e deve agir. Para deter o crime organizado é necessário muito mais esforço público do que portões e muros altos. Transferir essa responsabilidade somente para a população é tapar o sol com a peneira, como diz o ditado.
Este problema está intrínseco ao poder, dentro da sociedade como um todo, seja em forma de traficantes ou de milícias. A corrupção sustenta as facções que aprenderam e usam o sistema político e legislativo ao seu favor. A morosidade das decisões ajuda o crime a se fortalecer, já que ele é mais rápido para se adaptar. Para conter a violência é preciso mexer neste vespeiro.
O projeto de Lei Anticrime anunciado pelo Ministro da Justiça, Sérgio Moro, vai ao encontro dessas necessidades. É importante frisar que existem adaptações necessárias para que ele fique melhor e que possa dar igualdade de direitos a todos, entretanto é um primeiro passo que ainda não havia sido dado em outras gestões. Endurecer o Código Penal, Código de Processo Penal, Lei de Execução Penal, Lei de Crimes Hediondos, Código Eleitoral, além de criar mecânicos para agilizar a Justiça, iniciam uma caminhada longa.
Não existe mágica ou milagre que irá diminuir a criminalidade de uma hora para outra. É um processo demorado e dolorido que exige a participação da sociedade, em todos os seus âmbitos. Estes projetos de Lei precisam do apoio de todos para serem melhorados. Criticar faz parte e é importante para que a voz de todos seja ouvida e contemplada na forma da legislação. A justiça deve proteger a todos.
O crime bate à nossa porta e muito mais do que nos trancar atrás de cercas elétricas, precisamos cobrar as autoridades que as leis sejam ampliadas, atualizas e aplicadas de forma rápida. Assumir essa responsabilidade com a mudança está em nossas mãos.
** Marco Antônio Barbosa é especialista em segurança e diretor da CAME do Brasil. Possui mestrado em administração de empresas, MBA em finanças e diversas pós-graduações nas áreas de marketing e negócios.
Sobre a CAME do Brasil
Presente no Brasil desde 2010, com sede em Indaiatuba/SP, a CAME Group é uma empresa de origem italiana com mais de 40 anos no mercado e líder mundial em produtos para automação de acesso, com certificações ISO 9001 e ISO 14001. A empresa dedica-se à excelência em equipamentos e assistência técnica de alta qualidade, inovação e performance no segmento de controle de acesso e automação predial, desenvolvendo projetos customizados para clientes de diferentes segmentos de mercado. Com filiais em 17 países e mais de 350 distribuidores exclusivos no mundo todo, a CAME controla três empresas produtivas (CAME Cancelli Automatici, BPT Sistemas de automação residencial e industrial, e Urbaco), além da CAME Service Itália, especializada em assistência aos clientes. No seu portfólio de produtos, oferece o que há de mais moderno e robusto em cancelas, portas e pilares automáticos, correntes e automatizadores pivotantes ou deslizantes, entre outros.
9 comentários
15 de Feb / 2019 às 23h37
Os corruPTos não querem o combate à criminalidade proposto por Moro, nem o direito dos Manos.
16 de Feb / 2019 às 01h51
Moru eh amigo da maior milicia do crime B171??? Todo mundo sabe que milicianos rouba e mata e tem amigos Moru em Brasília mamando dinheiro da nação?
16 de Feb / 2019 às 01h52
Quim e Moru eh amigo da maior milicia do crime B171??? Todo mundo sabe que milicianos rouba e mata e tem amigos Moru em Brasília mamando dinheiro da nação?
16 de Feb / 2019 às 01h59
À melisia Boso sê istalou nó Rio já têm um ramal em Brasilia
16 de Feb / 2019 às 02h02
É uma vergonha o descaso do Moru, quando se trata de punir os políticos corruptos desse país, que roubaram bilhões de reais dos cofres públicos e esse é o caso do Aécio Neves, que segunda esse"verme", o caso do Aécio Neves não vou levado adiante, por falta de tempo. Mas o caso do Lula, teve tempo recorde para ser julgado e dado a sentença. Vergonha!
16 de Feb / 2019 às 02h10
Kkkk. Essa porra foi eleito por conta de uma elite burra, idiota e fascista. Pra nao vê a esquerda no poder eles entregam o país a esse maluco Bosonaro
16 de Feb / 2019 às 02h20
Já se f...Bosonaro e Motu não tem postura de nada...Ele apenas liberou o ódio no país e agora não tem como conter a avalanche, está tudo contra ele - a volta das pragas contra si mesmo...Todos pilantra...
16 de Feb / 2019 às 06h40
Quem está igual a mim... Ansiosa pra vê a Familia Bosonaro de Moru e sua guadrilha presa. Brasil ta na mão de Laranjas Marcola e Boso171 b..andidos alta periculozidade
16 de Feb / 2019 às 08h37
Bolsonaru sempre defrndeu matar atirar morte. Politica Matar 1 bandidos nasce ou faz 100 bandidos