Neste Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional (19.01), a profissional que atende no ambulatório da UPAE/IMIP de Petrolina, Daniela Monteiro, faz uma análise sobre a especialidade, que é destaque na Unidade.
Tecnicamente o Terapeuta Ocupacional promove prevenção, promoção em saúde e tratamento aos indivíduos portadores de alterações cognitivas, perceptivas, sensoriais, psicomotoras (entre outras), decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou doenças adquiridas, através da sistematização e utilização da atividade humana como base de desenvolvimento de projetos terapêuticos específicos.
Parece algo complicado, mas Daniela simplifica: “Buscamos devolver as funções perdidas e/ou negligenciadas do paciente. Por exemplo, se temos um paciente sequelado, que ficou com a mão em garra, nós vamos buscar desenvolver atividades, recursos e, caso seja necessário, tecnologia assistiva para que sua função manual seja preservada ou não ocorra mais agravos”.
Essa é uma profissão ainda pouco conhecida e que promove, além da reabilitação, a inclusão social. A oferta desse profissional no serviço público de saúde é bem escassa. “O Terapeuta Ocupacional faz toda a diferença na equipe multiprofissional de saúde e na UPAE não é diferente. Temos muito orgulho de poder oferecer essa especialidade ao nosso público”, afirma a coordenadora geral, Graziella Franklin.
Na atenção especializada da UPAE Daniela foi além e já deixou sua marca, inclusive desenvolvendo e criando os próprios materiais a serem usados nas sessões. Ela também fabrica órteses, que receberam o reconhecimento do renomado ortopedista pernambucano Epitácio Leite.
“Na ocasião do III Mutirão de Microcefalia realizado pela UPAE ele conheceu o nosso trabalho de confecção de órteses de posicionamento mão/punho para portadores de microcefalia fabricadas aqui na Unidade e nos elogiou, no tocante a funcionalidade, resistência e possível higienização do material”, relata.
Toda essa dedicação tem contribuído para o restabelecimento de pacientes, como é o Cícero Mateus Rodrigues, que tem apenas 24 anos e por conta de um acidente de moto teve os movimentos dos braços e mão esquerda comprometidos, tendo que abandonar (mesmo que temporariamente) a profissão de caminhoneiro.
“Já fazia fisioterapia na UPAE e fui encaminhado para a TO. Foi uma benção porque a minha mão quase não abria mais. Tenho melhorado aos poucos e muito dessa superação eu devo a Daniela”, reconheceu.
Para ter acesso ao serviço na UPAE é preciso seguir o fluxo da rede pública de saúde, que tem como porta de entrada a atenção básica. Dessa forma, os interessados devem procurar primeiro o posto de saúde para obter o encaminhamento. Vale salientar que a marcação das primeiras consultas é feita pelos municípios que compõem a VIII Regional de Saúde.
Ascom
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