A Bahia vacinou contra febre aftosa, durante os meses de novembro e dezembro de 2018, cerca de 2,8 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos de até dois anos de idade, ultrapassando o percentual exigido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No total, 93,49 % do rebanho no estado foram vacinados e declarados.
Os proprietários que não vacinaram o rebanho durante o período da campanha e não fizeram a declaração na Agência de Defesa Agropecuária (Adab) precisam procurar o órgão para solicitar a atualização dos procedimentos que deverão ser adotados.
A vacinação garante para a Bahia o reconhecimento internacional como livre de aftosa, com vacinação, desde 2001. A meta é se tornar livre desta doença, sem vacinação, em 2021 — compromisso assumido com o Mapa em cumprimento ao Plano Estratégico 2017 – 2026 para Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa.
“A Bahia se destaca nacionalmente no cumprimento da vacinação. O Governo do Estado garante de forma ativa a defesa agropecuária, através das campanhas publicitárias, da educação sanitária e da fiscalização. Esse é um setor fundamental para o desenvolvimento do estado, e a Adab tem realizado investimentos para ampliar os serviços de defesa”, afirma o diretor-geral da agência, Bruno Almeida.
O diretor de Defesa Animal da Adab, Rui Leal, destaca que “esse ano, na segunda etapa, enfrentamos algumas dificuldades com o estoque de vacina nos distribuidores. Aumentamos o período de vacinação e, consequentemente, das declarações. Porém nos mantivemos com um alto índice de vacinação. E seguimos com as metas para eliminação da vacina até 2021”.
Febre aftosa
A febre aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta animais de casco fendido, como os bois, búfalos, cabras, ovelhas e porcos. Pode ser transmitida principalmente pelo contato entre os animais doentes e sadios. O vírus pode ser transportado pela água, ar, alimentos, pássaros e pessoas que entrem em contato com animais doentes.
A enfermidade provoca restrições sanitárias e comerciais ao estado e ao país, desvalorização no preço da arroba e desemprego no setor frigorífico. Pode também causar embargos comerciais a outros produtos, como o farelo de soja, frutas e exportação de carne de frango e suína, além de grande impacto social e econômico. As consequências do alastramento de uma enfermidade como a febre aftosa em um país é calculado em bilhões de dólares por ano.
Fonte: Ascom/Seagri
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